“A OMS não tem poderes especiais para intervir num Estado soberano”. Coreia do Norte com mais 1,4 milhões de casos de covid-19

A Coreia do Norte anunciou no sábado o seu primeiro surto de covid-19. Um país que recorre a remédios caseiros e não administra vacinas.

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) comunicou, na passada terça-feira, a sua preocupação face aos sucessivos casos “de febre” na Coreia do Norte. Ofereceu medicamentos, materiais médicos e vacinas para que o país recupere. 
 
O Director-executivo do Programa de Emergências de Saúde da OMS, Mike Ryan, relatou como é preocupante que a Coreia do Norte não utilize “as ferramentas disponíveis” para que o surto estabilize. Contudo, afirmou que “a OMS não tem poderes especiais para intervir num Estado soberano.” 
 
Kim Jong-un, o líder norte-coreano, anunciou que a resposta do seu país face ao primeiro surto foi “imatura” durante uma reunião com o Partido dos Trabalhadores da Coreia, na passada terça-feira.
 
Segundo a Amnistia Internacional, o regime de Kim Jong-un recusou, em 2021, a oferta de vacinas da AstraZeneca e da Sinovac. Também não quis aceitar, por duas vezes, vacinas oferecidas pela Rússia.