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Martelar e ser martelado: no São João não há questão

Não é novidade para ninguém: a festa do São João acontece oficialmente esta noite, de 23 para 24 de Junho, mas no Porto os preparativos começaram muito mais cedo. Esta quinta-feira, quando o PÚBLICO 360º saiu à rua, já as banquinhas estavam montadas, fossem de sardinhas ou de manjericos, porque o S. João é muito mais do que esta noite de sexta-feira.

Joaquina Queirós é dona do restaurante Lavrador, um restaurante ambulante que segue as festas populares por onde elas andarem. “Onde houver festas e romarias o meu restaurante estará presente”, afirma com orgulho a vimaranense, “estacionada” faz esta sexta-feira uma semana no Passeio das Fontainhas.

“O meu marido andava com o meu sogro, com a sardinha assada, e eu vendia cutelarias de Guimarães”. Quando o sogro quis vender o Lavrador, Joaquina desistiu das cutelarias e tomou conta do negócio. Já lá vão 31 anos, mas continua feliz com a escolha que fez: durante meio ano percorre o país, servindo em romarias, e no resto do ano descansa. Agora, e “se tudo correr bem” até 22 de Julho, é a vez das Fontainhas – para Joaquina, a “melhor festa de São João”, com uma vista privilegiada para o rio Douro, para o fogo-de-artifício, e muita comida, bebida e diversões.

Mas o São João está por toda a cidade. Na Praça da Batalha, Adélia Silva abre a banca todas as manhãs por volta das 6h e fica sempre até às 23h. Fá-lo no mesmo sítio há cerca de nove anos; antes vendia em São Bento. Aonde quer que fique, o que importa é vender a tradição de São João: os manjericos, o alho-porro, os martelos e a cidreira.

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