Espanha

O inferno no paraíso de Doñana

O Parque Nacional de Doñana, em Espanha, Património da Humanidade desde 1994, foi ameaçado pelas chamas de um incêndio que deflagrou este fim-de-semana.

Lusa/EPA/Julian Perez
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Lusa/EPA/Julian Perez

O vento, que foi o principal agente de propagação do incêndio que lavra no sul de Espanha e que atingiu as imediações do Parque Nacional de Doñana, deu tréguas esta segunda-feira de manhã. As autoridades espanholas avançam que o sinistro na região de Huelva terá sido provocado por mão humana – seja por negligência, seja por crime.

O fogo, combatido no local por mais de 500 operacionais, tinha levado ao encerramento de estradas, entretanto reabertas, isolando mais de 50 mil pessoas durante o passado fim-de-semana. Centenas de soldados trabalharam durante a noite de domingo para segunda-feira, na tentaiva de controlar o incêndio.

Agora, a preocupação dirige-se para o lince ibérico. Uma das fémeas do centro de reprodução em cativeiro de El Acebuche, em Doñana, morreu no passado domingo à tarde, depois de ter sido evacuada por causa do fogo. Homer, nome da fêmea de lince, de acordo com jornal El Mundo, morreu devido ao stress resultante da captura e transporte para outro local. 

Foram retirados 9 linces ibéricos adultos (5 machos e 4 fémeas) e 5 crias. Porém, o centro de reprodução avança, em comunicado, que não foi possível resgatar 13 exemplares adultos, cujo paradeiro é até ao momento desconhecido. 

Lusa/EPA/Julian Perez
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