Trabalhador caiu de uma altura de 10 metros na mina de Aljustrel e morreu

Sindicato mineiro critica as condições de segurança no fundo da mina que “ficam muito aquém dos padrões exigidos”.

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Seis das nove ambulâncias serão operadas pelo INEM e três por bombeiros. Nelson Garrido (arquivo)

Um trabalhador com 48 anos de idade que executava tarefas no fundo da mina de Aljustrel, no jazigo de Feitais, morreu na manhã desta terça-feira na sequência de um acidente de trabalho.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineiros (STIM), Jacinto Anacleto, contou ao PÚBLICO que apesar das informações ainda serem escassas, já foi possível apurar que o trabalhador encontrava-se a desempenhar uma tarefa em cima de um tapete rolante que estava parado. Sem se saber porquê, o equipamento “entrou repentinamente em movimento provocando o seu desequilíbrio e queda de uma altura com cerca de 10 metros, no interior de um silo que continha minério”. O INEM deslocou-se ao local ainda tentou reanimar o trabalhador mas sem resultado

Quando o STIM tomou conhecimento do acidente pediu explicações tanto ao subempreiteiro como a Almina, a empresa que detém a concessão da mina de Aljustrel. “Deram-nos como resposta que não sabiam de nada”, salienta Jacinto Anacleto, lamentando a postura das entidades empregadoras.

O sindicalista critica “mais uma vez” as condições de segurança no fundo da mina que ficam “muito aquém dos padrões exigidos”, frisando que o sindicato já se disponibilizou e continua a disponibilizar-se para acções de formação em segurança junto dos trabalhadores mas a empresa “não dá dispensa aos trabalhadores como acontece por exemplo na mina da Somincor”.

“A empresa não reúne connosco nem com a comissão de trabalhadores”, salienta ainda Jacinto Anacleto, acrescentando que se trata de “uma postura que não se aceita nos dias de hoje”.

Entretanto o PÚBLICO teve acesso a um comunicado divulgado pela Almina onde diz que o trabalhador foi “imediatamente socorrido” pelas equipas médicas do INEM e da empresa que se deslocaram ao local do acidente, acabando por falecer.

A empresa refere ainda no seu comunicado que foram “accionados os mecanismos de emergência e reacção previstos na empresa” assim como avisadas as autoridades competentes” nomeadamente a Autoridade para as Condições de Trabalho, salientando que o empreiteiro iniciou de imediato um “inquérito de investigação para determinar as causas do acidente”.

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