Estádio Universitário de Coimbra em obras para jogos universitários europeus

Intervenção no valor de seis milhões de euros visa preparar complexo de Coimbra para competição que irá decorrer em Julho de 2018. A envolvente ao complexo está também a ser alvo de obras.

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A requalificação do Estádio Universitário, que foi inaugurado em 1963, tem sido apontada como uma necessidade pelos estudantes Carla Carvalho Tomás

A última fase de requalificação do Estádio Universitário de Coimbra (EUC) antes de acolher os Jogos Europeus Universitários (JEU, na sigla em inglês), em Julho do próximo ano, arranca no início deste ano lectivo.  

Para a competição que leva cerca de 5 mil atletas de várias universidades da Europa à cidade, a Universidade de Coimbra (UC) está a levar a cabo uma intervenção no complexo, sendo que as últimas obras para acolher as 13 modalidades vão arrancar em breve e devem estar concluídas em Junho.

O vice-reitor com a pasta do Desporto da UC, Amílcar Falcão, explica que os últimos trabalhos no estádio antes dos jogos implicam a recuperação do pavilhão II, a instalação de um relvado sintético no campo de futebol pelado e arranjos exteriores.

A requalificação do Estádio Universitário, que foi inaugurado em 1963, tem sido apontada como uma necessidade pelos estudantes, mesmo antes de se saber que a cidade acolheria os Jogos Europeus Universitários de 2018, em 2014.

O presidente da direcção geral da Associação Académica de Coimbra, Alexandre Amado, conta que, durante o processo, a instituição que representa “foi sempre informada e ouvida”. Sobre a intervenção no estádio, o dirigente entende que “o que é fundamental para os jogos está assegurado”.

Uma parte das obras foi já levada a cabo, como é o caso da requalificação do pavilhão III, recorda Amílcar Falcão. No total, os trabalhos no complexo custam cerca de 6 milhões de euros à UC, um valor mais modesto do que os 20 milhões previstos nas linhas gerais de intervenção do EUC, apresentadas em Abril de 2015.

O documento apontava para várias alterações no estádio que ficaram na gaveta ou que foram adiadas, como a demolição do pavilhão II (que vai ser requalificado), do espaço de cultura física e da pista de radiomodelismo.

As duas estruturas vão manter-se para já, mas Amílcar Falcão explica que, para o lote da cultura física, cujo edifício vai ser demolido, está prevista a construção de um novo edifício para instalar uma residência universitária, bem como parte da Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física.

O responsável justifica as alterações ao plano estratégico com o tipo de financiamento, que “é diferente do que o que existia à época”. “Uma fatia importante do investimento é dinheiro da própria universidade”, refere, explicando que “uma parte do financiamento que nós tínhamos pensado à época desapareceu”. Outro dos motivos prende-se com a natureza dos jogos, cujas “modalidades só foram fechadas há cerca de oito meses”.

Também a Câmara Municipal de Coimbra tem vindo a trabalhar na zona envolvente do estádio. A ponte pedonal do açude está a ser finalizada e estão a decorrer obras na Praça das Cortes, uma área adjacente ao EUC que serve de estacionamento. O vereador do desporto da CMC, Carlos Cidade, faz notar ainda “o trabalho já concretizado nas Avenidas João das Regras e da Guarda Inglesa” que “dignificam e qualificam toda a envolvente”.

Durante o período das obras há várias secções desportivas da AAC que vão ter de alterar o local dos treinos. Alexandre Amado explica que as secções de “judo, badminton e voleibol serão redistribuídas pelo EUC”, mas esse assunto “ainda está a ser trabalhado”. A secção de ginástica, devido às características do material que usa, vai ser reinstalada num gimnodesportivo da cidade.

O dirigente estudantil fala dos jogos que começam a 15 de Julho de 2018 como uma oportunidade de beneficiar a FCDEF e os utilizadores do estádio. “Quanto mais alterações se fizerem agora, maior será o legado dos jogos”.

Já Amilcar Falcão reconhece que “seguramente” vão ficar trabalhos por fazer, como é exemplo a residência que será construída no espaço da cultura física. “Ainda ficará para uma fase seguinte, que esperamos que seja a seguir aos jogos”, afirma.      

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