Queda de placa de cimento numa obra fere cinco operários na Feira

Quatro dos homens estão feridos com gravidade. Acidente ocorreu às 10h40, em São Paio de Oleiros

Foto
A GNR esteve no local esta manhã e vedou o acesso ao edifício cuja placa ruiu NELSON GARRIDO

A queda de uma placa numa obra de construção civil em São Paio de Oleiros, Santa Maria da Feira, feriu cinco operários. Quatro dos homens, com idades entre 25 e os 40 anos, têm ferimentos graves e foram encaminhados para os hospitais de Gaia e da Feira. O ferido ligeiro, um operário de 25 anos, foi transportado também para esta última unidade.

O acidente, cujas causas estão a ser investigadas pela Autoridade para as Condições de Trabalho, ocorreu numa obra de ampliação de uma instalação empresarial na Rua Nova do Fial, explicou ao público fonte dos Bombeiros Voluntários de Lourosa. Segundo fonte do INEM, o alerta para o acidente foi dado às 10h40, tendo sido mobilizados para o local, para além de uma viatura de desencarceramento e cinco viaturas da corporação de Lourosa, viaturas médicas de emergência do Hospital de Gaia, do São João da Madeira, e da Feira e uma ambulância de emergência do INEM. A GNR está ainda no local. 

Este será já o terceiro acidente de trabalho em três semanas, os dois primeiros com vítimas mortais, alerta a CGTP. Na semana passada, um trabalhador da construção civil que manobrava uma grua numa obra em Lisboa, morreu na sequência da queda do equipamento de uma altura de 30 metros, que o deixou preso no compartimento de comando.

A Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses lamenta o sucedido na obra em São Paio de Oleiros, afirmando que acidentes de trabalho “não são inevitabilidades, têm sempre causas e culpados, e resultam directamente do incumprimento de regras de segurança e da não adopção das necessárias medidas de protecção dos trabalhadores”.

Segundo dados da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), que datam do início do mês, este ano já morreram 50 pessoas em acidentes de trabalho e 82 ficaram feridas com gravidade. Apontando a “crescente precariedade laboral” do sector, a Confederação sindical acrescenta que o “grande aumento do número de trabalhadores sem qualificações e aos quais não é dada a formação necessária” tem contribuído “fortemente” para o aumento do número de acidentes de trabalho. 

Sugerir correcção
Ler 2 comentários