PSD-Porto retira confiança política ao vereador Amorim Pereira

Em comunicado, os sociais-democratas do Porto dizem que a sua relação com o vereador da Câmara do Porto atingiu "o ponto de ruptura"

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Miguel Seabra, precedido pelo líder do PSD na Assembleia Municipal, Luís Artur Paulo Pimenta

A concelhia do Porto do PSD retirou a confiança política ao vereador da Câmara do Porto Amorim Pereira, depois do episódio desta terça-feira, na reunião do executivo. O vereador não esteve presente, mas comunicou ao presidente Rui Moreira, num e-mail enviado na segunda-feira, que estaria e que não solicitara qualquer substituição, nem a autorizava. Este procedimento impediu que Andreia Júnior, a seguinte na lista do PSD, o substituísse e questionasse Moreira sobre o processo Selminho. O PSD-Porto acusa Amorim Pereira de “total ausência de lealdade”.

“A retirada de confiança política culmina três anos de crescente afastamento e divergência deste vereador face à orientação política definida pela Comissão Política do PSD”, lê-se no documento assinado pelo líder da concelhia, Miguel Seabra. Ao mesmo tempo que “renova e reitera o apoio e solidariedade” a Andreia Júnior, o PSD-Porto entende que a sua relação com Amorim Pereira atingiu o “ponto de ruptura”.

Argumentando que “os partidos políticos só são respeitados se souberem dar-se ao respeito”, Miguel Seabra defende que “não pode intervir em nome do PSD do Porto quem demonstra consecutivas falta de lealdade política e solidariedade partidária”. Os sociais-democratas do Porto entendem que “objectivamente, Amorim Pereira impediu a sua substituição pela vereadora Andreia Júnior”.

Andreia Júnior e Ricardo Almeida, do PSD, afirmaram que Amorim Pereira estava “no estrangeiro” e que, por isso, não iria estar presente na reunião do executivo – apesar da garantia dada por este ao presidente da câmara. Os dois afirmaram ainda que o vereador tinha posto em marcha, na passada sexta-feira, junto dos serviços de apoio à vereação, o pedido de substituição. Este facto teria ocorrido antes de Andreia Júnior dizer à Lusa, no sábado, que pretendia questionar Rui Moreira sobre o caso Selminho, na reunião do executivo.

Ao PÚBLICO, Amorim Pereira disse ser “absolutamente falso” que tivesse pedido a substituição ou que estivesse no estrangeiro, garantindo que só não foi à reunião por motivo de doença. Sobre a decisão da concelhia disse que até a “agradece” e que já não tinha essa confiança há muito tempo. Contudo, deixou claro que tendo sido eleito, não pretende abandonar as suas funções de vereador.

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