Parque de actividades radicais adaptado para pessoas com deficiência em Vila do Conde

Além das actividades radicais, o Parque Raró vai também acolher outras zonas de lazer e sensoriais, além de uma quinta ambiental/pedagógica, com vários animais, e também um borboletário.

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Paulo Pimenta

Um parque de lazer e actividades radicais adaptado para pessoas portadoras de deficiência vai abrir em Vila do Conde, num projecto pioneiro em Portugal, que pretende promover a inclusão.

A iniciativa partiu da instituição vila-condense MADI (Movimento de Apoio ao Diminuído Intelectual) que com verbas próprias investiu no equipamento, que será aberto ao público já no próximo mês de Junho.

Apelidado Parque Raró, e localizado na freguesia de Ferreiró, num terreno contíguo ao polo que a instituição tem na localidade, o equipamento pretende ser o mais abrangente possível, incluindo diversas actividades preparadas para cidadãos com, e sem, deficiência.

Neste parque será possível um utilizador de cadeira de rodas ou um invisual completar, sempre com assistência, um percurso de arborismo ou até uma descida em slide, uma vez que os equipamentos foram concebidos com exigências especiais.

Além das actividades radicais, o Parque Raró vai também acolher outras zonas de lazer e sensoriais, além de uma quinta ambiental/pedagógica, com vários animais, e também um borboletário.

O parque foi projectado para receber famílias, grupos de escolas, instituições a até de empresas, e terá sempre presente um grupo de técnicos com formação em práticas de segurança para supervisionar as actividades.

"A ideia inicial é durante a semana funcionarmos apenas com marcações, mais direccionadas para escolas e outras instituições, mas ao fim de semana estarmos abertos ao todo o público", começou por explicar Elisa Ferraz, que pertence à direcção do MADI.

A dirigente explicou, ainda, que a construção do equipamento, assim como a sua manutenção, "foi executada com o apoio dos utentes do MADI e familiares", mas que também a comunidade local se empenhou no projecto.

"Sempre promovemos que o MADI se integrasse na comunidade, e neste projecto os próprios vizinhos vieram-nos ajudar na construção e até nos ofereceram materiais e inclusive animais para termos no parque", descreveu.

Segundo Elisa Ferraz, o equipamento pretende ser "um espaço inclusivo, preparado para cidadãos com deficiência, mas também para famílias, promovendo o contacto com a natureza e também com a missão do MADI".

Os preços das entradas terão alguma diferenciação para grupos e visitas escolares e de outras instituições, mas rondarão os cinco euros para os adultos e três euros para crianças.

"A ideia é que o parque possa também ser uma fonte de receita para nos ajudar a fazer face às despesas da instituição, porque a sustentabilidade do MADI é sempre uma preocupação", completou Elisa Ferraz.

A inauguração do Parque Raró acontecerá a 28 de Maio, enquanto a abertura ao público está agendado para 11 de Junho.

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