O Regiostars trouxe mais trabalho e mais reconhecimento a associação de Oliveira do Hospital

Projecto de aproveitamento de resíduos florestais e agrícolas da BLC3 recebeu o prémio em 2016.

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Adriano Miranda

Há pouco menos de um ano, a Comissão Europeia reconhecia o projecto de aproveitamento de resíduos florestais e agrícolas para produção de biocombustíveis e bioprodutos da BLC3, uma associação com base em Oliveira do Hospital.

Segundo o fundador e presidente da BLC3, João Nunes, o prémio Regiostars veio ajudar essencialmente na divulgação do projecto CentroBio. O maior impacto verificou-se no “reconhecimento da instituição a nível nacional”, tanto do projecto como da BLC3, afirma, sublinhando a importância da questão da “credibilidade e imagem” quando se fala de uma entidade “fixada no interior e constituída por jovens”.

O responsável explica que isso se traduziu numa “maior facilidade na ligação industrial e às empresas”, mas também em maior volume de trabalho e maior número de projectos. No espaço de um ano, a equipa da BLC3 cresceu e passou de 30 a 35 trabalhadores.

Há um ano, João Nunes explicava ao PÚBLICO que o Centro Bio podia ajudar a resolver a questão dos incêndios florestais e da valorização do território. O responsável parte do princípio de que, se os terrenos incultos e matos tiverem uso, a actividade económica, só por si, ajuda a reduzir o número de fogos, bem como a sua dimensão.

Neste momento o projecto encontra-se na fase de testes, para que se possa depois seguir para a fase-piloto em maior escala, onde a estimativa aponta para a produção de 2 mil litros por dia. A recolha dos resíduos florestais e agrícolas é feita na região e o objectivo passa por produzir bioprodutos. O que não significa necessariamente biocombustíveis, refere João Nunes.

Segundo o presidente da BLC3, o combustível “tem um valor acrescentado muito baixo”, pelo que a intenção passa antes por gerar produtos para a indústria química, compostos para a indústria farmacêutica e outros produtos para indústria de colas vernizes e tintas. A esta lista junta-se a produção de biocombustíveis, mas para a aviação. João Nunes afirma que já estão estabelecidos contactos para escoar os produtos. 

Em 2016, foi a quarta vez consecutiva que o Regiostars viajou de Bruxelas para Portugal, mas o número pode aumentar. Antes do Centro Bio, já tinham recebido o prémio o projecto luso-espanhol das cidades de Chaves e Verín, o Parque de Ciências e Tecnologia da Universidade do Porto e o projecto Art on Chairs do município de Paredes. O nomeado português deste ano, o TecBIS, do Instituto Pedro Nunes, de Coimbra, fica a saber no dia 10 de Outubro se se junta a esta lista.

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