Municípios de Viseu, Guarda e Coimbra podem vir a criar área metropolitana

A Câmara Municipal de Viseu promoveu hoje uma reunião para testar o interesse de vários municípios na criação de uma área metropolitana, tendo os 21 representantes autárquicos mostrado receptividade à proposta.

O presidente da Câmara Municipal de Viseu, Fernando Ruas, convidou 31 municípios para a reunião — os 24 do distrito de Viseu, Oliveira do Hospital e Tábua (Coimbra), Gouveia, Seia, Fornos de Algodres, Aguiar da Beira e Celorico da Beira (Guarda).

Apesar de há já vários meses os concelhos de Viseu, Tondela, S. Pedro do Sul e Mangualde se terem assumido como o "núcleo duro" para uma eventual comunidade urbana — que se traduziria em 164 mil habitantes —, o autarca social-democrata considera haver condições para ir mais longe. "Somos um dos poucos concelhos que faz fronteira com tantos municípios. Utilizando uma linguagem futebolística, e sem querer menosprezar ninguém, quem pode pertencer à I Liga, não vai pertencer à segunda", afirmou.

No entanto, mesmo que falhe a área metropolitana — para a qual é exigida a participação de pelo menos nove municípios e 350 mil habitantes —, a comunidade urbana já está garantida, frisou Fernando Ruas.

Na opinião do autarca, o interesse de Viseu integrar na sua área metropolitana municípios da Guarda e de Coimbra não é "nenhuma invasão", mas sim "uma inclusão natural", até porque iriam formar "uma área metropolitana extremamente homogénea".

Os 21 presentes manifestaram "entusiasmo" na ideia, o que leva Ruas a pensar que a área metropolitana "tem pernas para andar". O próximo passo é levar o assunto às reuniões dos executivos camarários e posteriormente submetê-lo à aprovação das assembleias municipais.

O facto de terem estado ausentes representantes das autarquias da região Douro Sul do distrito de Viseu e de Gouveia, Aguiar da Beira e Celorico da Beira, do distrito da Guarda, pode indiciar que nem todos estão interessados no projecto. Sem querer fazer juízo de valor sobre as ausências, Fernando Ruas referiu que estas têm "algum significado, mas não absoluto".

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