Moradores do Bairro Alto e junta de freguesia fazem balanço positivo da videovigilância

Autarquia quer avançar com a medida também nas zonas do Cais do Sodré e do Miradouro de Santa Catarina.

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JOAO GUILHERME

Três anos depois da instalação de câmaras de videovigilância no Bairro Alto, em Lisboa, a associação de moradores e a Junta de Freguesia da Misericórdia fazem um balanço positivo, apontando um maior sentimento de segurança.

O sistema de videovigilância foi instalado no Bairro Alto em Maio de 2014 e a presidente da Junta de Freguesia da Misericórdia, Carla Madeira, revelou à Lusa que, segundo a informação que tem obtido junto da polícia, “a segurança tem aumentado” no bairro. Este é motivo que leva a autarquia a querer avançar com a medida também para as zonas do Cais do Sodré e do Miradouro de Santa Catarina.

A opinião de que os moradores se sentem mais seguros e protegidos é partilhada pelo presidente da Associação de Moradores do Bairro Alto, Luís Paisana. "O balanço não excede as expectativas, mas é positivo", referiu, acrescentando que não é apenas a presença do sistema de videovigilância que faz a diferença, mas também o patrulhamento por parte da polícia, que se "tem vindo a sentir sobretudo nos últimos meses". 

A associação tem recebido da PSP informação sobre a diminuição do número de ocorrências desde que as câmaras foram instaladas, tendo algumas pessoas já sido detidas em assaltos. No entanto, por parte de alguns moradores há ainda algum sentimento de descrença face ao funcionamento das câmaras, ainda que estas já tenham servido de testemunho em casos de agressão e assalto.

O sistema de videovigilância do Bairro Alto, uma zona com muitos bares e restaurantes, tem 27 câmaras que permitem a visualização de imagens em tempo real, entre as 18h00 e as 7h00, podendo servir como meio de identificação e prova.

Quando se decidiu avançar com esta medida, o município pensou também em aplicá-la em locais como a Baixa, Restauradores, Cais do Sodré, Martim Moniz e Intendente, num total de 50 câmaras de videovigilância, mas o plano nunca avançou. Em Fevereiro, a Câmara de Lisboa disse querer alargar a videovigilância na cidade, estando a equacionar a aplicação do sistema existente no Bairro Alto a outras zonas, mas ainda não sabia onde nem quando.

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