O independente Álvaro Almeida, que lidera a candidatura da coligação PSD/PPM à Câmara do Porto, teve esta quinta-feira o seu primeiro contacto de rua, no âmbito das eleições autárquicas. A conversa com dois moradores da Rua de S. Roque da Lameira, em Campanhã, foi sobre trânsito, mais concretamente sobre a falta de alternativas para paragens, cargas e descargas e acesso às habitações naquela artéria entre as ruas do Cerco do Porto e Gama Barros.

O caso foi já alvo de um abaixo-assinado que moradores e comerciantes dirigiram à Câmara do Porto, em finais de 2015, e discutido em reunião do executivo por iniciativa do vereador Pedro Carvalho (CDU). Argumentam que a situação se complicou quando a Rua de S. Roque da Lameira naquele troço passou a dispor de dois corredores Bus, (um em cada sentido), deixando, no meio, um corredor de circulação geral.

Ontem, Jorge Madureira e Eduardo Horta, residentes na zona, voltaram a apontar os “enormes transtornos” para os moradores, comerciantes e todos os que, por algum motivo, necessitam de estacionar para tratar de algum assunto ao longo daquela artéria.

Para além de ser “impossível” parar neste ponto da Rua de S. Roque da Lameira, seja de um lado ou do outro, Eduardo Horta referiu que a situação “é agravada” pelo facto de os motoristas da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto ficarem “parados a fazer horas” nas respectivas faixas. “A partir das 5h não conseguimos dormir mais, porque os autocarros estão ligados, fazendo um enorme barulho”, garantiu Eduardo Horta.

Álvaro Almeida ouviu as queixas e considerou que este caso se insere no “principal problema que a cidade tem neste momento”. “Para além de ser uma questão que preocupa alguns portuenses, e todas as questões que preocupam os portuenses devem preocupar a câmara municipal, este caso é uma questão que tem a ver com aquele que é o principal problema da cidade neste momento, que é a mobilidade. E a mobilidade passa por facilitar também o acesso às residências [das pessoas] e aos comerciantes para puderem fazer a sua actividade”, declarou o candidato que o PSD convidou para disputar as eleições no Porto.

Cauteloso, Álvaro Almeida não se compromete com nenhuma solução. Diz que é preciso analisar a situação em detalhe. “Temos de ver quais são os fluxos de trânsito”. E atirou: ”O que não pode acontecer é que as pessoas estejam três anos sem uma resposta [por parte da Câmara do Porto]”.

Contactado pelo PÚBLICO, o gabinete de comunciação da autarquia afirmou que "a Câmara do Porto não participa nem para o bem nem para o mal em acções de campanha eleitoral".