Metro de Arroios fecha nas horas de ponta em Fevereiro

PCP questiona Governo sobre incapacidade do cais da estação para receber composições de seis carruagens.

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Transportes com a maioria dos contratos especulativos PEDRO CUNHA

A partir do início de Fevereiro, o Metro de Lisboa equaciona encerrar a estação de Arroios, na linha verde, duas vezes por dia, de manhã e ao fim da tarde, porque o cais é curto para acolher as seis carruagens que passam a ser usadas nos dois períodos do dia com mais movimento. Preocupado com esta estratégia, o PCP interpelou o Governo sobre o assunto.

A perspectiva de encerramento parcial da estação levou o grupo parlamentar do PCP na Assembleia da República a questionar o Governo, através do ministro do Ambiente, sobre se conhece o plano do Metropolitano para a linha verde, se concorda com ele ou se tem alternativa.

Entretanto, a Transportes de Lisboa adiantou que esta hipótese ainda está em estudo não estando, por enquanto, nada decidido.

Para o PCP, o encerramento parcial da estação duas vezes por dia à hora de ponta é uma operação de “difícil execução” em termos operacionais e “degradaria as condições de segurança da circulação”, além de afectar as rotinas dos utentes do Metro. É uma solução que só pode ser usada numa “situação pontual e nunca como forma de funcionamento”, defendem os deputados do PCP. Com o encerramento da estação de Metro de Arroios, a estação mais próxima no sentido descendente (Cais do Sodré) é a dos Anjos, que fica a 770 metros, e no sentido ascendente (Telheiras) é a da Alameda, a 400 metros.

Além disso, o encerramento total terá mesmo que acontecer para se fazerem as indispensáveis obras de alargamento do cais para que possa acolher composições de seis carruagens, em vez de apenas quatro, como acontece hoje. Mas isso ainda vai demorar, já que o anterior Governo adiou o investimento – “o último necessário para colocar toda a linha verde em condições de receber composições com seis carruagens”, salientam os deputados comunistas. O receio da população daquela zona de Lisboa e dos utentes do Metro é que este encerramento parcial “seja um passo para o fim da estação”, seguindo outros exemplos de obras em que “o provisório passa a definitivo”, descreve o PCP.

A solução é acelerar a obra de alargamento da estação de Arroios e, entretanto, em vez de composições com seis carruagens, usá-las apenas com quatro carruagens na linha verde – o máximo que Arroios comporta -, propõe o PCP. Até porque as quatro carruagens já representam um aumento da oferta em quase 33% relativamente ao que o anterior Governo determinou (a redução para três carruagens).

Notícia actualizada às 18h26: acrescenta reacção da Transportes de Lisboa

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