Uma das maravilhas de Portugal passa a ter acesso limitado

Eleita uma das Sete Maravilhas de Portugal há 14 anos, a Torre de Belém vai ter acesso restrito pelo menos nos meses de Julho e Agosto

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A Torre de Belém foi classificada como monumento nacional em 1907 Bruno Lisita

A Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) vai limitar o número de entradas ao público na Torre de Belém, em Lisboa, já este ano. Em entrevista à Lusa, a responsável Paula Silva afirmou que “em Portugal ainda se está longe da saturação de públicos como acontece noutras cidades europeias”, mas mesmo assim vão-se adoptar medidas.

Em 2016, a Torre de São Vicente de Belém, mais conhecida como Torre de Belém, recebeu quase 700 mil visitantes, um aumento de 12,8% em relação a 2015. A directora-geral da DGPC adiantou que uma hipótese em cima da mesa para limitar as entradas é "desagregar a visita à Torre Belém do bilhete conjunto, que inclui a entrada no Mosteiro dos Jerónimos. (…) Se vender individualmente, estamos já a limitar o número de visitantes e estamos a obrigar as pessoas a comprar o bilhete específico e depois limita-se o número de vendas para um dia", explicou. 

Paula Silva confessou que "a Torre de Belém e o Mosteiro dos Jerónimos são os únicos monumentos que geram mais receitas do que despesas" e questionada sobre se iam ser tomadas medidas idênticas relativamente ao Mosteiro dos Jerónimos, que no ano passado foi o mais visitado no universo tutelado pela DGPC – ultrapassou um milhão de entradas -, Paula Silva foi breve na resposta: "Não, até porque o monumento aguenta bem”.

A Torre de Belém é um Monumento Nacional e Património da Humanidade da UNESCO desde 1983 e foi construído há 500 anos pelo arquitecto português Francisco de Arruda.

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