Lisboa é a cidade mais vibrante da Europa e a terceira do mundo, diz a Time Out

Num inquérito feito a 20 mil pessoas de 18 países, a capital portuguesa surge como a cidade mais dinâmica, inspiradora e sociável da Europa.

Foto
bruno lisita

Chicago, nos EUA, é a campeã, seguida de Melbourne, na Austrália, e logo depois Lisboa. A Time Out revelou as cidades mais vibrantes do mundo, eleitas pelos 20 mil participantes, de 18 países, que responderam ao questionário Time Out City Index, e Portugal conseguiu o terceiro lugar no mundo e o primeiro na Europa.

Em causa estavam factores que promovem (ou não) uma cidade quanto ao que se pode fazer para tirar partido dela nas seguintes dimensões: comer & beber, inspiração, dinamismo, comunidade, acessibilidade de preços e sociabilidade.

“O que faz com que Lisboa sobressaia é o facto de ser a cidade mais sociável e a menos solitária (apenas 10% das pessoas dizem que às vezes se sentem um pouco solitárias em oposição aos 55% em Londres e aos 52% em Nova Iorque)”, diz a Time Out na sua página oficial.

Lisboa foi considerada a melhor cidade para fazer amigos e apaixonar-se (derrotando Paris, a “cidade do amor”), aquela onde é mais provável as pessoas cruzarem-se com alguém que conhecem na rua (como aconteceu recentemente a 50% dos participantes; em Londres aconteceu apenas a 23%) e ainda onde é mais provável os moradores conhecerem bem os seus vizinhos.

Na capital portuguesa, as pessoas preferem o contacto real ao virtual: em média, os lisboetas têm 119 amigos nas redes sociais, o menor número de entre as cidades da lista (os habitantes de Miami têm em média 756, o que a torna uma cidade mal classificada no que diz respeito à sociabilidade). Somente 30% dos inquiridos disse que “existe sempre, a qualquer hora, algo divertido para se fazer”, mas, em contrapartida, 43% afirmaram estar satisfeitos quanto ao equilíbrio entre a vida social e o trabalho: trabalham 40 horas por semana e apenas 25% consideram o seu trabalho stressante – “o que significa que Lisboa é das cidades mais calmas para viver (em Tóquio, 44% das pessoas sentem-se stressadas)”.

Quanto a aproveitar a cidade, 72% dos lisboetas revelaram que gostam de explorar a cidade, mas apenas 26% diz tirar partido do que ela tem para oferecer. Por mês, têm uma média de 4,2 saídas à noite, 1,5 visitas a museus, exposições e galerias de arte e 3,5 idas a restaurantes.

Já em Chicago, o questionário averiguou que são os restaurantes, bares, bairros e preços acessíveis que a colocam no topo da lista. “Mais do que em qualquer outro sítio, esta é a cidade onde os habitantes conseguem ter uma conversa agradável com um estranho, marcar encontros românticos e desfrutar de um óptimo equilíbrio entre a vida social e o trabalho”, diz a Time Out sobre a cidade do estado de Illinois.

Melbourne, que ficou em segundo lugar no questionário, recebeu a pontuação mais alta no que toca à qualidade de vida: 58% das pessoas dizem que é “um sítio bom para se viver” e três quartos gostam de morar naquela que consideram “uma cidade inspiradora”.

Nova Iorque, no quarto lugar, é “a cidade mais dinâmica e estimulante” segundo os participantes no inquérito, quando comparada com as outras cidades. “Imbatível no que diz respeito à cultura (arte, vida nocturna, estilo ou música), Nova Iorque oferece sempre algo de novo para fazer (foi o que disseram 82% das pessoas), mas é também a que tem o cenário romântico mais difícil (apenas 3% valorizam essa característica em contraste com os 42% da Cidade do México)”, acrescenta a Time Out.

“O Time City Index descobriu quais os factores-chave que fazem com que uma cidade seja um sítio entusiasmante para as pessoas que querem aproveitar a vida ao máximo e descobriu também que uma cidade pode dar-se ao luxo de ter alguns defeitos e continuar a ser adorada. Uma vida cultural vibrante, um ambiente optimista e bairros diversificados são três dos principais factores”.

A lista prossegue com Madrid, Cidade do México, São Paulo, Los Angeles, Barcelona, Londres, Hong Kong, Miami, Tóquio, Singapura, Paris, Sydney, Dubai e Kuala Lumpur.

Texto editado por Ana Fernandes

Sugerir correcção
Comentar