Junta de Campo de Ourique exige que expansão do Metro de Lisboa abranja a freguesia

Autarca sugere criação de um acesso subterrâneo à linha amarela que passará na estrela entre o cruzamento da Rua Domingos Sequeira com a Rua Ferreira Borges e a Rua Saraiva de Carvalho.

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Nuno Ferreira Santos

O presidente da Junta de Freguesia de Campo de Ourique, em Lisboa, exigiu nesta segunda-feira que o alargamento previsto da rede do Metropolitano abranja esta zona da cidade, por aqui haver falta de estacionamento e de transportes públicos.

“Há aqui uma preocupação para nós e que, desde sempre, tem sido um objectivo da Junta de Freguesia: que o Metro, enquanto transporte colectivo público e de massas, possa chegar a Campo de Ourique, porque é uma forma também de dar mobilidade alternativa a quem reside num bairro que é densamente povoado”, disse o autarca de Campo de Ourique, Pedro Cegonho (PS), em declarações à agência Lusa.

Segundo o autarca, naquela zona ocidental da cidade residem cerca de 22 mil pessoas numa área de 1,5 quilómetros quadrados, mas continuam a persistir problemas como a falta de lugares para estacionar e de oferta de transportes públicos.

“Faz sentido [os moradores] terem um acesso mais central ao Metro que o acesso do Largo do Rato não resolve”, sublinhou Pedro Cegonho.

Recordando que “já está definido que a linha Amarela se expanda [desde o Rato] até ao Cais do Sodré, com uma estação junto à basílica da Estrela e junto ao antigo hospital militar”, o responsável considerou que “faz todo o sentido, porque não tem custos no desvio do túnel do Metro – é uma questão de projecto da própria estação –, que se possa vencer o declive da Rua Domingos Sequeira e se possa dar acesso pedonal através de meios suaves de mobilidade, como elevadores ou escadas rolantes”.

Isso seria possível com a criação de um acesso subterrâneo entre o cruzamento da Rua Domingos Sequeira com a Rua Ferreira Borges e a Rua Saraiva de Carvalho, precisou, reforçando que nesse entroncamento de “ruas importantes do bairro” poderia “haver uma entrada para a estação de Metro da Estrela”.

Pedro Cegonho apontou que esta “não é uma distância superior àquela que foi vencida na estação do Chiado ou um declive superior ao que foi vencido na estação do Rato”.

No que toca à estação da Baixa-Chiado, “existe uma entrada nos armazéns do Chiado e outra entrada em frente à Brasileira, no largo do Chiado”, assinalou, sustentando que se poderia seguir este exemplo.

Acresce que “visitando várias capitais da Europa – como Madrid, Paris e Londres – há entradas e acessos pedonais muito mais longos do que aqueles que estamos a propor”, argumentou.

Há dias, Pedro Cegonho fez chegar esta sugestão ao presidente do conselho de administração do Metropolitano de Lisboa, Vítor Santos, dando também conhecimento ao presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, e aos ministros do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, e do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes.

Na mesma comunicação, o autarca de Campo Ourique questionou a administração do Metro sobre o previsto alargamento da linha Vermelha.

“Por várias vezes já foi assumido que a expansão da linha Vermelha há de acontecer, [desde São Sebastião] até às Amoreiras, que é outro ponto importante da freguesia de Campo de Ourique (até à parte norte da Rua Ferreira Borges). Não sendo a prioridade imediata em termos de projecto e de obra, pelo menos que seja calendarizado e que seja dado um horizonte temporal que nos permita ter como certa esta opção”, adiantou Pedro Cegonho à Lusa.

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