Imaginarius está de volta e este ano acolhe o Fresh Street#2

Seminário internacional traz responsabilidades acrescidas, mas também uma maior visibilidade, àquela que é a 17.ª edição do Festival Internacional de Teatro de Rua de Santa Maria da Feira

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O centro histórico de Santa Maria da Feira está prestes a transformar-se num enorme palco de performances, espectáculos e instalações artísticas, naquela que é já a 17.ª edição do Imaginarius — Festival Internacional de Teatro de Rua. Dias 25, 26 e 27, as artes de rua são quem mais ordena na cidade, com mais de 40 espectáculos programados — no total dos três dias, serão 140 apresentações —, e cerca de 400 artistas, de 13 países, envolvidos. Este ano, com uma novidade: o Imaginarius acolhe o Fresh Street#2, o maior seminário internacional para profissionais das artes de rua. Depois de a primeira edição ter decorrido em Barcelona, coube, agora, a Santa Maria da Feira acolher o evento bienal promovido pela rede europeia Circostrada, que acontece nos dias 24, 25 e 26.     

“É uma responsabilidade acrescida mas também uma motivação acolher um seminário que acolherá mais de 400 participantes, de cerca de 40 países”, destaca Gil Ferreira, vereador da Cultura da câmara de Santa Maria da Feira, a propósito da realização do Fresh Street#2, praticamente em simultâneo com o Imaginarius.

Artistas, programadores, jornalistas, investigadores e decisores políticos, estarão, assim, concentrados no Europarque e no Cineteatro António Lamoso para cumprir um programa de três dias “de partilha de experiências, debates e criação de redes profissionais”. E também para assistir aos espectáculos do festival de teatro de rua que é, cada vez mais, uma referência a nível internacional. “Decidimos ter mais uma noite de Imaginarius, acrescentando a quinta-feira ao programa habitual de duas noites, dedicada às antestreias com uma forte componente de criação artística local”, destaca Gil Ferreira.

Entre os grandes destaques da edição deste ano está o espectáculo de grande formato Pedaleando Hacia el Cielo, da companhia belga “Theater TOL”, que combina “imagens cinematográficas com luz, música e dança nos céus, contextualizando um poético mundo de sonho” (apresentações nas noites de sexta-feira e sábado, pelas 23h00 e 23h30, respectivamente). “É um espectáculo que aborda os obstáculos e elementos da sociedade de hoje e que acaba por retratar aquele que é o fio condutor desta edição do Imaginarius, o repensar a sociedade, com esse chavão em inglês Think about a new world”, enquadra Bruno Costa, da direcção artística do festival.

Do cartaz consta ainda a estreia nacional do espectáculo Block, das companhias britânicas “NoFit State Circus” e “Motionhouse”, e no qual o circo e a dança competem pelo protagonismo, transportando a assistência para uma viagem em torno de metas, obstáculos e conquistas. Igualmente vinda do Reino Unido, a instalação Pentalum – da colecção Luminarium, criada Alan Parkinson – promete proporcionar uma “experiência sensorial característica e irrepetível” a quem a visita. “É um espaço intimista, uma espécie de refúgio dentro da dinâmica acelerada do festival”, realça Bruno Costa.  

Em destaque estará também a performance Cegos, dos brasileiros “Desvio Coletivo”, na qual “homens e mulheres, em trajes sociais, cobertos de argila e de olhos vendados, caminham lentamente interferindo poeticamente no fluxo quotidiano da cidade”, propondo “uma reflexão acerca do modo de vida da sociedade contemporânea, pautada pela busca incessante do poder que petrifica as relações humanas em prol do capitalismo”.

Mas há mais – muito mais – para ver nos três dias de Imaginarius. “Em alguns momentos, vão ser oito espectáculos a acontecer em simultâneo”, confessa o director artístico. Contas feitas, no final dos três dias, serão 140 apresentações. Com essa referência, também, à peça A Donzela, célebre colcha de croché, produzida, em 2007, pela comunidade sénior de Santa Maria da Feira sob a direcção da artista plástica Joana Vasconcelos, vai voltar ao castelo. “É uma forma de celebrarmos os dez anos da sua criação”, vinca Bruno Costa. 

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