Poluição fecha praia da Califórnia em Sesimbra

Uma análise detectou bactérias acima dos valores recomendados e a bandeira vermelha foi hasteada por precaução. A autarquia e a Capitania do Porto garantem que “não há perigo para a saúde pública”.

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A bandeira vermelha foi hasteada por suspeitas de haver uma bactéria Bruno Simões Castanheira

A praia da Califórnia, em Sesimbra, tem a bandeira vermelha hasteada devido a uma análise que detectou bactérias coliforme acima dos valores recomendados, mas sem perigo para a saúde pública, revelou a presidente em exercício do município nesta quinta-feira.

"A bandeira vermelha foi hasteada por precaução e estamos a recomendar às pessoas para não irem a banhos, face ao resultado da última análise efectuada pela APA (Agência Portuguesa do Ambiente), mas o próprio edital da Capitania do Porto refere que não há perigo para a saúde pública", disse Felícia Costa, que foi até Junho a vice-presidente da autarquia, tendo assumido a liderança da Câmara na sequência da morte do presidente Augusto Pólvora, em Junho.

"Vamos tentar que a contra-análise seja efectuada rapidamente para que seja hasteada de novo a bandeira verde", acrescentou a autarca de Sesimbra, no distrito de Setúbal.

Felícia Costa disse ainda não ter conhecimento de qualquer caso de poluição e mostrou-se convicta de que o resultado da análise efectuada terça-feira pela APA "foi um incidente isolado e sem qualquer significado, a exemplo de um outro que aconteceu há cerca de oito anos na mesma praia da Califórnia". "Na altura, a contra-análise não confirmou qualquer problema e temos a convicção de que, desta vez, também não haverá confirmação de qualquer foco de poluição nas praias de Sesimbra", concluiu.

O capitão do porto de Setúbal, Luís Lavrador, confirmou à agência Lusa que mandou a hastear a bandeira vermelha por precaução e desaconselhou os banhos na praia da Califórnia, situação que se deverá manter até que seja conhecido o resultado da contra-análise.

As bactérias coliformes podem ser encontradas no solo, nas águas naturais e residuais domésticas e no intestino do homem e de outros animais de sangue quente. São largamente utilizadas na avaliação da qualidade das águas, podendo ser responsáveis por doenças como a febre tifóide, febre paratifóide, disenteria bacilar e cólera se se ingerir água com altos níveis de coliformes.

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