Em Cascais a época balnear já começou

A um mês do início oficial da época balnear, Cascais antecipa-se e coloca nadadores-salvadores nas praias.

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Turismo com papel positivo nas exportações de serviços JOãO HENRIQUES

O mês de Maio começou com os termómetros a anunciarem a chegada das temperaturas quentes, o que convidou alguns portugueses ao primeiro mergulho do ano. A pensar na segurança dos banhistas, Cascais antecipou a abertura da época balnear a um mês da abertura oficial. O município torna-se assim o primeiro concelho do país a colocar vigilância nas praias portuguesas, numa iniciativa que será, nas praias concessionadas e até a abertura oficial da época balnear a 1 de Junho, financiada pela autarquia. Nas praias não concessionadas a autarquia assegura a totalidades dos nadadores-salvadores, de 1 de Maio a 30 de Setembro. No total, a Câmara Municipal de Cascais investirá 150 mil euros.

Além disso, se à semelhança do que aconteceu durante em 2015 e o bom tempo se mantiver, a autarquia não afasta a possibilidade de prolongar a vigilância até 15 de Outubro, nos 12 quilómetros de praia que compõem a Linha de Cascais.

“Quando começamos a ter uma afluência muito grande às nossas praias tentamos cumprir o nosso primeiro grande objectivo ao antecipar a época balnear, mas também ao prolongar a época balnear como tem acontecido”, afirma o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras na página da autarquia.

O presidente da Câmara de Cascais sublinha ainda que esta “é uma opção correcta”, uma vez que “tem permitido no aspecto da segurança, de nenhuma morte nas nossas praias”. A garantir a segurança dos banhistas que visitam as praias de Cascais estarão sete dezenas de nadadores-salvadores, que se juntam aos mais de 4 mil nadadores que vigiarão as praias durante este Verão.

A presença dos nadadores-salvadores nas restantes praias vigiadas do país – que se estendem por 250 quilómetros – deverá acontecer obrigatoriamente até dia 15 de Junho, sendo que a grande maioria deverá abrir no próximo dia 1 de Junho, esclareceu à Lusa Nuno Leitão, presidente do Instituto de Socorros a Náufragos.

Não obstante, a Autoridade Marítima elaborou uma lista de alguns conselhos e incentiva os banhistas a redobrarem a sua atenção. A Autoridade Marítima pede que não deixem as crianças brincarem na zona de areia molhada, “pois um golpe de mar as pode arrastar para situações complicadas". Os perigos estão até na temperatura do mar que, por ser ainda muito baixa, pode provocar choques térmicos, sublinha a autoridade.

Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística mais recentes, as mortes por afogamento e submersão acidentais aumentaram 62% entre 2012 e 2013: de 50 para 81 vidas perdidas.

Recorde-se que as praias portuguesas atingiram este ano um novo recorde ao ultrapassarem a barreira das três centenas de zonas balneares a hastearem a Bandeira Azul. Ainda assim, ficam sem vigilância garantida cerca de 350 quilómetros de zonas balneares.

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