Em 2018, Marvila vai ter um parque verde “maior do que o Jardim da Estrela”

Câmara de Lisboa aponta o início das obras para o Outono. Nova zona de lazer será construída junto ao rio Tejo.

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Primeira fase da intervenção incide sobre a frente ribeirinha junto aos Jardins de Braço de Prata Nuno Ferreira Santos

A cidade de Lisboa vai ter, a partir da Primavera de 2018, um novo parque verde e de lazer junto ao rio Tejo em Marvila, cuja construção já está a provocar alterações no trânsito, informou nesta quinta-feira a Câmara Municipal.

"A ideia é que o parque comece a ser construído no Outono deste ano para estar pronto na Primavera do próximo", disse à agência Lusa o vereador do Urbanismo, Manuel Salgado. De acordo com o responsável, a partir dessa altura "os munícipes já vão poder usufruir do parque", apesar de estar apenas concluída uma das fases de construção, com dimensão "maior do que o Jardim da Estrela".

"Não há muitos parques nas margens do rio e, de facto, faz todo o sentido, porque Marvila tem uma frente de rio pronta para ser usufruída", vincou Manuel Salgado.

Em causa está a criação do Parque Ribeirinho Oriente, que visa reconverter a área da Matinha, Braço de Prata e Doca do Poço do Bispo em zonas de lazer.

Em Janeiro de 2015, o executivo municipal (de maioria socialista) aprovou, por unanimidade, o lançamento de um concurso de ideias para projecção deste parque. O concurso acabou por ser anulado devido a "questões formais" relacionadas com as candidaturas, mas lançou-se um novo procedimento e, neste momento, "o projecto está pronto para ser executado", assinalou Manuel Salgado.

Segundo a proposta aprovada há dois anos, o objectivo é "reconverter uma vasta área de território marcada pelos usos de carácter industrial e portuário, resgatando-a para fruição do público em geral como zona de lazer, actividade desportiva e de enquadramento paisagístico".

O documento acrescentava que o parque se insere numa "nova área urbana definida pelo loteamento dos Jardins de Braço de Prata e pelo Plano de Pormenor da Matinha, dando continuidade à regeneração iniciada pela realização da Expo98 e da criação do Parque das Nações".

A intervenção incide, assim, sobre a frente ribeirinha junto aos Jardins de Braço de Prata e ao edifício Tabaqueira (fase 1) e sobre a frente ribeirinha contígua ao Plano de Pormenor da Matinha (fase 2), numa área de 86 mil metros quadrados. Ao todo, o projecto está orçado em 3,85 milhões de euros.

Manuel Salgado explicou à Lusa que, para já, apenas avança a primeira fase, que será concretizada pelo promotor do loteamento dos Jardins de Braço de Prata. "O promotor assumiu o compromisso de executar essa fase e decidiu contratar a equipa que tinha seleccionada no concurso de ideias", referiu.

No que toca à segunda fase, que deveria ser depois concretizada pelo promotor da Matinha, a autarquia está "em negociações para ser esse promotor a executá-la ou a transferir a verba para a câmara fazer", precisou Manuel Salgado.

Paralelamente, haverá uma "reformulação do sistema de circulação viária" na zona do Braço de Prata, de forma a possibilitar este novo espaço verde e de lazer, apontou, recordando o corte provisório – já em curso – num troço da Rua da Cintura do Porto de Lisboa, entre a Praça 25 de Abril e a Rua 3 da Matinha.

O vereador adiantou que "só depois disso se iniciará a criação do parque", com a modelação do terreno, a plantação de árvores e a criação de zonas de estadia e de recreio.

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