“Dignilândia” é a versão portuguesa do jogo dos direitos humanos

Projecto lançado em Vila Franca de Xira pretende assinalar o Dia da Erradicação da Pobreza, que se celebra este sábado.

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A presidência da União Europeia descartou, em Dezembro passado, a expulsão da Grécia do espaço Schengen AFP

Para assinalar o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, que se celebra este sábado, foi lançada, em Vila Franca de Xira, a versão portuguesa do jogo educativo “Dignilândia – Terra dos Direitos”. Trata-se da adaptação de um jogo que começou a ser desenvolvido na Turquia, no âmbito do programa europeu Enter, e que tem, também, o apoio do Conselho da Europa. Pretende “promover a participação dos jovens na defesa dos direitos humanos e sociais” e ganha, agora, ainda mais acuidade com o aumento dos problemas de pobreza e a crise dos refugiados.

A tradução e adaptação deste “Dignilândia” para português coube à Associação para a Promoção da Saúde e Desenvolvimento Comunitário (APSDC) com o apoio do Departamento de Juventude do Conselho da Europa e da Câmara de Vila Franca de Xira, que participou na revisão da tradução, montagem gráfica e impressão dos materiais do jogo. O lançamento deu-se no decorrer do seminário “Educar para Participar” que se realizou, nesta sexta-feira, na Biblioteca Municipal de Vila Franca de Xira. E o jogo estará, agora, disponível para ser utilizado nas escolas e em actividades com grupos de jovens de bairros mais desfavorecidos.

No essencial, este “Dignilândia – Terra dos Direitos” simula um país onde se discutem sete direitos fundamentais (habitação, associação, educação, segurança social, cuidados de saúde, protecção contra a pobreza e trabalho). Os jovens “jogadores” são membros de um parlamento onde se debatem as dificuldades e as medidas a tomar para atingir os objectivos sociais propostos nos cino anos seguintes. Aprendem, assim, mais sobre os direitos sociais e sobre a sua relação com as políticas sociais de cada país. A ideia é que o jogo constitua “um instrumento de trabalho para o incremento de gerações futuras mais capazes e interventivas na área social”.

Ana Zilda, dirigente da APSDC (associação com sede em Alverca), explicou que este “Dignilândia” nasceu no âmbito do programa Enter, em que participam técnicos de serviços sociais de 30 países. A edição internacional foi patrocinada pelo Conselho da Europa mas não existia uma versão em português, que vai estar, agora, disponível. Tânia Gomes, presidente da APSDC, acrescentou que a associação trabalha no desenvolvimento de metodologias de intervenção e de formação, na promoção da saúde e da alimentação saudável, na prevenção e combate à toxicodependência e na promoção da saúde mental. Alberto Mesquita, presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, salientou que “hoje, a Europa vive dias conturbados e deparamo-nos com uma das maiores crises humanitárias de sempre. É responsabilidade de todos construir uma sociedade mais justa e mais igual”. O autarca do PS já anunciara, anteriormente, a disponibilidade da autarquia para participar no acolhimento de algumas famílias de refugiados.

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