Concelho de Esposende vai ter uma rede de museus

Ao todo, são 25 as instituições que vão participar na Rede de Museus de Esposende, que pretende aproveitar o potencial museológico do concelho.

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miguel nogueira

A Câmara Municipal de Esposende anunciou a criação de uma rede de museus, que inclui 25 entidades responsáveis pela gestão de museus, colecções, monumentos, sítios ou projectos patrimoniais activos no concelho. Trata-se de um roteiro, elaborado em várias línguas, que permite aos visitantes e aos residentes saber onde, quando e a que preço se pode visitar os museus e as coleções que existem. Ainda não há uma data definida, mas o roteiro estará disponível em breve, em forma de folheto ou digital.

Na fase inicial em que se encontra o projecto, as instituições já assinaram uma Carta de Princípios, que serve à construção da rede e sustenta a sua estrutura. Entre fábricas de igrejas, associações de bombeiros e outras entidades que possuem colecções visitáveis, todos eles vão poder contar a história do concelho e tomar decisões em conjunto, naquilo que a autarquia considera ser um “projecto concertado de união e cooperação”. O que antes era feito de uma forma informal agora vai incluir um protocolo mais organizado.

Por agora decorre a elaboração de um inventário global feito por cada um dos locais e só depois a Rede de Museus de Esposende começa a ser divulgada. A missão passa por incluir todas as actividades que se enquadram e fixam "as criações artísticas, as memórias e as identidades do concelho de Esposende", diz a autarquia em comunicado. 

Havia o potencial e a vontade, faltava o impulso

Benjamim Pereira, presidente da Câmara Municipal de Esposende, explica ao PÚBLICO que a ideia surgiu depois de perceber que a área museológica do concelho estava “subaproveitada e o enorme potencial no município, em termos museológicos, estava disperso”. Muitas das entidades não tinham meios e recursos humanos suficientes para preservar devidamente as peças e era necessário saber exactamente o que cada instituição tinha e qual o seu valor, para assim poder divulgar o património.

A autarquia defende que é necessário mostrar que os museus são uma extensão da cultura do sítio onde se vive e uma porta de acesso ao conhecimento e ao lazer. Na base desta rede de museus está também a vontade em tornar o concelho mais turístico e oferecer algo para além das praias e da gastronomia: “Já existe a experiência do desporto e da natureza, mas faltava a componente cultural, que tem um papel determinante”, conclui o autarca. 

Texto editado por Ana Fernandes

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