Cidadãos por Coimbra quer que cidade tenha um plano de arborização

Vereador do movimento critica o abate de árvores sem que estas sejam substituídas. Município responde que abateu 200 e plantou 2000.

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RG Rui Gaudencio

O movimento Cidadãos por Coimbra (CpC) quer que o município tenha um plano de plantação de árvores na via pública. A proposta levada pelo vereador eleito pelo movimento, José Augusto Ferreira da Silva, à reunião do executivo camarário, nesta segunda-feira, sugere que seja apresentado, no prazo de 90 dias, ”um programa de arborização do espaço público municipal, a ser submetido a discussão pública e posterior deliberação do executivo”.

O Cidadãos por Coimbra propõe que “não sejam cortadas mais árvores no espaço urbano de responsabilidade municipal a não ser por razões fitossanitárias ou de segurança pública” e que o abate não aconteça “sem que esteja devidamente programada a sua adequada substituição”.

O movimento condena “o hábito de cortar árvores no espaço público sem que as mesmas sejam replantadas”, considerando que o município perdeu “significativa cobertura arbórea com consequências graves” na qualidade de vida da cidade e na beleza das ruas. As avenidas Dias da Silva, Humberto Delgado e D. Afonso Henriques e a zona da Conchada são apontados como alguns dos exemplos.

O CpC denuncia os passeios, jardins e praças com “inúmeras cicatrizes, de que são exemplo gritante as caldeiras com resquícios de árvores cortadas”.

Nesse sentido, a proposta apresentada por José Augusto Ferreira da Silva prevê a plantação de árvores no “espaço urbano municipal em que existam as «caldeiras» vazias”. Esta reposição teria lugar no prazo máximo de um ano.

Em resposta, o vereador responsável pela gestão urbanística, ambiente, parques e jardins, Carlos Cidade diz que “foram derrubadas, pelas mais variadas razões, cerca de 200 árvores”. O responsável socialista acrescenta que, ao longo do presente mandato, foram “plantadas cerca de 2000 árvores no concelho de Coimbra”. Carlos Cidade sublinha que a autarquia tem “muita preocupação em plantar mais árvores”.

Sobre a questão das caldeiras, o autarca acrescentou que, aqueles que ainda têm raízes “têm de ser fechadas e abertas outras”, de forma a rearborizar essas zonas.

Nos últimos quatro meses o CpC promoveu dois debates sobre a questão do abate de árvores em Coimbra com a presença de especialistas na matéria. O movimento lamenta ainda que não tenha havido o cuidado de “plantar árvores adaptadas ao solo e ao clima nas zonas de expansão urbana um pouco por todo o concelho”.

A proposta apresentada pelo vereador deve ser votada na próxima reunião do executivo, ainda este mês.

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