CDS questiona Câmara da Moita sobre desaparecimento de ossadas em cemitério

Autarquia confirmou “erro” e abriu inquérito aos serviços municipais. CDS quer saber quais as medidas entretanto tomadas.

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Várias ossadas foram irregularmente retiradas de gavetões DR

O deputado Nuno Magalhães, eleito pelo CDS-PP em Setúbal, questionou esta quarta-feira a autarquia da Moita sobre as ossadas que foram removidas do Cemitério Municipal e que originou queixas das famílias afectadas, com a autarquia a assumir o erro.

O deputado pretende "saber se já estão apurados os responsáveis pela remoção indevida de quatro ossários no Cemitério Municipal da Moita, em Pinhal do Forno, e que acções disciplinares, ou outras, vão ser tomadas em conformidade com esse apuramento", lê-se na pergunta.

Algumas ossadas desapareceram do Cemitério da Moita em Janeiro e o município assumiu que se tratou de um erro e que está a decorrer um processo de averiguações para apurar as causas do incidente. A autarquia liderada por Rui Garcia (CDU) explicou que no final de 2016 decorreu uma acção indevida dos serviços.

"Os factos até agora apurados revelam que ocorreu, no final do ano passado, uma acção indevida dos serviços municipais que procederam à remoção de quatro ossários que estavam devidamente ocupados", esclareceu.

A autarquia indicou que está a procurar apurar as causas da ocorrência e apresentou desculpas: "Perante este erro, além do apuramento completo das suas causas e circunstâncias, que está a decorrer, a Câmara Municipal lamenta o sucedido e apresenta as necessárias desculpas aos afectados e informa que irá proceder à reposição da situação original".

O deputado questiona ainda sobre quais as reais possibilidades de a autarquia proceder à reposição da situação original e se já existiram outros casos em cemitérios do concelho da Moita.

"Que medidas já foram tomadas, no sentido de que situações semelhantes não voltem a ocorrer", questiona Nuno Magalhães.

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