Câmara realiza obras na praça do Areeiro em Agosto

Por iniciativa do PSD, a Assembleia Municipal de Lisboa aprovou uma recomendação na qual se condena o arrastar das obras do metro.

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As obras do metro no Areeiro continuam inacabas Pedro Cunha

A Câmara de Lisboa prevê iniciar em Agosto, e concluir um mês depois, um conjunto de intervenções na praça do Areeiro, local que há vários anos se encontra fustigado pelas obras inacabadas do Metropolitano de Lisboa. Já os trabalhos no interior da estação, a cargo dessa empresa, deverão ter início em Abril de 2017.

“Vamos assumir a pavimentação total da praça, a correcção da praça central e a repavimentação do troço Almirante Reis/Alameda”, anunciou esta terça-feira o vice-presidente da Câmara de Lisboa. Segundo Duarte Cordeiro, esses trabalhos terão início “em Agosto”, estimando-se que se prolonguem por “cerca de um mês”.

Quanto às obras de ampliação do cais do metro, o autarca socialista disse que estas deverão começar em Abril de 2017. “Depois de concluída a estação e o elevador que conduz à superfície”, acrescentou Duarte Cordeiro, o Metropolitano de Lisboa concretizará as obras à superfície “na parte Norte” da Praça Francisco Sá Carneiro.

O vice-presidente da câmara falava na Assembleia Municipal de Lisboa, órgão ao qual este assunto foi levado pelo presidente da Junta de Freguesia do Areeiro, Fernando Braamcamp. O autarca do PSD apresentou uma recomendação à câmara para que esta exigisse ao Metropolitano de Lisboa que iniciasse, “de imediato, a obra à superfície” e a terminasse “num prazo máximo de seis meses”.

Fenando Braamcamp pretendia igualmente que o município procedesse, “quanto antes, às diligências para a concretização da requalificação do espaço público da Praça Francisco Sá Carneiro, sem mais adiamentos”. No documento, o autarca lembrava que as obras no local se arrastam há vários anos, constatando que “é chegado o momento de colocar termo a uma situação de profundo desleixo e irresponsabilidade da administração do metro de Lisboa, que conduz a uma degradação inqualificável” da praça.

“Temos aqui, quase diria, um processo kafkiano”, disse o autarca na sua intervenção, na qual sublinhou que “o que é mais grave” neste caso “é a falta de respeito para com os cidadãos” demonstrada pelo Metropolitano de Lisboa, que “não dá nenhuma satisfação aos moradores da zona, aos comerciantes que trabalham ali todos os dias”.

Pelo PS, Manuel Lage manifestou-se contra a “inoperância” do Metropolitano de Lisboa na realização dos arranjos à superfície no Areeiro e sublinhou a importância de o espaço ser “devolvido à cidade”. Já Carlos Silva Santos, do PCP, defendeu que a recomendação do PSD devia abranger também as obras no interior da estação, “inexplicavelmente paradas há muito tempo”.

Esta recomendação foi aprovada por unanimidade, tal como aconteceu com uma proposta, subscrita pelo PS e pelos deputados dos Cidadãos Por Lisboa, na qual se propunha a realização de um debate temático sobre a habitação em Lisboa. A primeira sessão desta iniciativa, que terá lugar na assembleia municipal, está agendada para dia 14 de Julho, às 18h. 

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