Rui Moreira destaca a atenção que o Porto está a dar ao SNS

Vereador do PS, Manuel Pizarro, surpreende ao "venerar" Rui Moreira na presença do ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes

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Pizarro desfez-se em elogios a Rui Moreira Hugo Santos

O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, está empenhado em melhorar a oferta da cidade em matéria de cuidados de saúde primários e esta sexta-feira aproveitou a presença do ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, nos Paços do Concelho, para evidenciar isso mesmo, afirmando que o Porto está a defender o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e que vai construir a nova unidade de saúde de Ramalde, no âmbito da Carta dos Equipamentos de Cuidados de Saúde Primários (CECSP).

Numa cerimónia, que reuniu várias pessoas ligadas ao sector da saúde e que serviu para assinar o Memorando de Entendimento com o Ministério da Saúde ao abrigo do qual será construída a unidade de saúde de Ramalde que começará a funcionar no primeiro semestre de 2018, Rui Moreira destacou o simbolismo do Porto pelo facto de ser o primeiro município a aprovar uma Carta dos Equipamentos de Cuidados de Saúde Primários. “Até ao fim de 2018 teremos melhorado radicalmente as condições de acesso dos portuenses aos cuidados de saúde primários”, garantiu. De resto, aproveitou a oportunidade para dizer que o programa eleitoral que foi sufragado há três anos pelos portuenses está a ser cumprido.

“Ao proceder desta forma estamos a honrar um dos compromissos do nosso programa eleitoral, o de promover a coesão social, e estamos a mostrar por actos, e não apenas por palavras, que defendemos o SNS”, declarou o autarca independente, frisando que foi a Câmara do Porto que decidiu propor à Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-Norte) a elaboração da CECSP. “Temos plena consciência de que as atribuições das autarquias no domínio da saúde são muito limitadas. Ainda assim, recusamos uma atitude de indiferença. Do nosso ponto de vista, tudo o que interessa aos cidadãos do Porto deve interessar à Câmara Municipal do Porto”, afirmou.

E se Rui Moreira puxou dos galões para mostrar que a câmara está a fazer o seu caminho numa área que é particularmente sensível aos cidadãos, o seu vereador da Habitação e Acção Social, Manuel Pizarro, fez o resto, elogiando Rui Moreira como se já estivesse em pré-campanha para as eleições locais do próximo ano.

“A minha última palavra é para destacar que estes documentos que vamos hoje [ontem] assinar vão mudar para melhor o acesso a cuidados de saúde na cidade do Porto. Mas só são verdadeiramente possíveis graças ao apoio inquebrantável do executivo da Câmara Municipal do Porto e permitam-me que o faça com toda a abertura ao apoio quase carinhoso do senhor presidente da Câmara Municipal do Porto e que tem dedicado a este assunto um apoio especial”, afirmou o vereador do PS, sublinhando depois que “a atenção especial” que o autarca tem dispensado a esta matéria vai "para além daquilo que diz a lei sobre as atribuições das autárquicas”.

Mas o que surpreendeu nesta sessão não foram só os elogios que dispensou ao presidente da câmara foi, sobretudo, o tom como o disse. “Isto vai um pouco além daquilo que era exigível à autarquia”, enfatizou, para depois repetir e sublinhar as anteriores palavras de Rui Moreira: “Mas indo além daquilo que é exigível, o senhor presidente da câmara achou sempre que estava certo que se o assunto interessa às pessoas do Porto, então, também, interessa à Câmara Municipal do Porto. E foi graças ao apoio do senhor presidente que o Porto foi a primeira cidade portuguesa, o primeiro município português, a ter uma Carta de Equipamentos de Cuidados de Saúde Primários”.

No final da sessão, em declarações aos jornalistas, o ministro da Saúde falou da execução orçamental e disse que “felizmente a realidade vai-se sobrepor às previsões”. A execução orçamental do sector “é de equilíbrio, contenção e cumprimento rigoroso dos compromissos orçamentais”, assegurou Adalberto Campos Fernandes.

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