Câmara da Figueira da Foz investe 123 mil euros no fim do papel no Urbanismo

Aplicação "epaper" vai permitir a simplificação dos procedimentos relacionados com a gestão urbanística.

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A Câmara da Figueira da Foz foi considerada aquela que tem o site mais transparente PAULO RICCA/ARQUIVO

A autarquia da Figueira da Foz apresentou esta quinta-feira uma nova aplicação informática para acabar com os processos em papel no departamento de Urbanismo, um investimento de 123 mil euros, financiado a 85% por fundos europeus.

A aplicação, designada "epaper", visa proceder à desmaterialização de procedimentos administrativos relacionados com a gestão urbanística e inclui o investimento em 'hardware' e 'software' pensado para facilitar a vida aos técnicos camarários e também aos cidadãos, disse à agência Lusa a vereadora Ana Carvalho.

"Para fazer uma pequena casa, é preciso entregar carradas de documentos, peças e projectos de especialidades. E depois o processo contém várias fases, passa por vários técnicos, que comparam mapas e plantas. O que pretendemos é que tudo passe a ser feito digitalmente. Os técnicos passaram a ter dois monitores onde podem comparar as plantas, por exemplo", explicou.

As novas regras e procedimentos foram esta quinta-feira apresentados em sessão pública que serviu, igualmente, de esclarecimento a dezenas de funcionários camarários. Um dos tópicos abordados foi a assinatura digital de documentos, a partir do cartão de cidadão: "Ninguém pode falsificar essa assinatura", garantiu o responsável da empresa que lidera o projecto, acrescentando que, depois de assinado, "o documento não pode ser alterado por ninguém".

Ana Carvalho frisou que o objectivo final é a "desmaterialização total" de procedimentos administrativos na autarquia e que o projecto começou pelo departamento de Urbanismo "por ser aquele que toca em vários serviços" camarários. "Depois do Urbanismo, o resto é relativamente fácil de fazer, mais ao nível dos requerimentos", alegou.

Para a aplicação do projecto e integração das novas tecnologias, a vereadora disse que decorreu uma "longa sensibilização" dos funcionários."Têm todos mais de 40 anos e alguns mostraram alguma resistência [à mudança]", assumiu.

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