Beethoven vai ao Terreiro do Paço em concerto ao ar livre

O espectáculo da Orquestra Metropolitana estende-se durante quatro noites consecutivas e encerra o festival Lisboa na Rua.

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Os concertos duram até este sábado e são gratuitos DR

O Verão já se foi, mas as temperaturas que se mantêm convidam a aproveitar os últimos dias do festival Lisboa na Rua, que termina este sábado. Para o grande final ficou guardado a Integral das Sinfonias de Ludwig van Beethoven, que chega esta quarta-feira ao Terreiro do Paço pela interpretação da Orquestra Metropolitana de Lisboa, durante quatro noites consecutivas, sempre às 21h30. A iniciativa é inédita e promete um espectáculo inesquecível, ao ar livre e gratuito. Um “exercício de fôlego, que convida músicos e público a imergir num universo artístico colossal”, promete a EGEAC (Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural), que dirige este ano a oitava edição.

“Depois de um mês de propostas culturais que cruzaram públicos e promoveram novas centralidades, dando a descobrir zonas e espaços menos conhecidos da cidade, o Festival Lisboa na Rua termina com uma homenagem inédita à música clássica e a um dos seus maiores compositores”, avalia a presidente do conselho de administração da EGEAC, Joana Gomes Cardoso, depois da aposta de clássicos na programação deste ano.

“Trata-se de um grande evento que marca a agenda cultural da cidade e que é simultaneamente um desafio para os músicos e para o público”, acrescenta Joana Gomes Cardoso. O sábado, simultaneamente o último dia do festival e Dia Mundial da Música, é o mais rico em oferta, uma “grande festa sonora, com concertos para públicos de todas as idades, da música clássica ao jazz”.

Antes do concerto no Terreiro do Paço que encerrará o festival, também o Largo de São Carlos, as Ruínas do Carmo e o Museu do Chiado promovem espectáculos e ateliês instrumentais, onde o público é convidado a participar activamente. Os sons têm hora marcada, mas a iniciativa é descontraída.

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Os concertos acontecem às 21h30 DR

O dia arranca às 15h, no Museu do Chiado, com o ateliê de instrumentos de cordas. Meia hora depois é no Largo de São Carlos que se começam a ouvir gongos, marimbas e vibrafones da Metropolitana. Às 16h, o Museu do Chiado cala as cordas e dedica-se aos instrumentos de sopro. É por essa hora que entram na festa as Ruínas do Carmo, com o coro infantil da Universidade de Lisboa, que quer levar pais e filhos numa viagem à história da música, num espectáculo também teatral, “num colorido que vai das danças sérvias e rituais zulus à subtileza da música japonesa, passando por obras incontornáveis da música secular europeia”. Às 17h o Museu Chiado oferece o último ateliê: o de percussão.

Segue-se o espectáculo musical d’O Feiticeiro de Oz, pela Orquestra Juvenil Metropolitana, nas Ruínas do Carmo e, também às 17h30, o Largo de São Carlos recebe as interpretações das obras do italiano Vivaldi e do argentino Astor Piazzolla. Os últimos concertos acontecem às 19h, com a Orquestra de Sopros da Metropolitana, num espectáculo que buscou inspiração n’Os Bichos, de Miguel Torga. O jazz é o último aquecimento, com o Hot Clube de Portugal, com o jazz do compositor António Pinho Vargas.

Para além dos concertos, o Lisboa na Rua promove ainda no sábado um último passeio durante o festival, inspirado no guia Ler e Ver Lisboa, o guia literário que comemora os 20 anos da EGEAC. “A oportunidade de redescobrir recantos e ouvir contar histórias da cidade”, pela voz do escritor e ilustrador Afonso Cruz, um dos 20 autores do guia. O encontro está marcado para as 17h, no Palácio Marquês de Pombal, na Rua de O Século.

O festival encerra com o concerto da Orquestra Metropolitana, no Terreiro do Paço, acompanhada pelo Coro Voces Caelestes. 

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