Há um baby boom em Mora que custou 24 mil euros

Nos 12 anos de política de incentivo financeiro à natalidade, a câmara de Mora subsidiou em 221.500 euros 288 bebés – mais de metade foram primeiros filhos.

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Daniel Rocha

Desde 2004 que o concelho alentejano de Mora dá incentivos à natalidade, mas nunca os resultados tinham sido tão bons como em 2016. No ano passado, nasceram 33 bebés. O que significa que saíram dos cofres da câmara para os das famílias 24 mil euros.

Num ano em que já era esperado um baby boom, a vila de Mora chegou a ter 26 grávidas ao mesmo tempo, destaca a autarquia em comunicado. Desde 2004, existe uma política de incentivo à natalidade em que o município atribui 500 euros pelo nascimento do primeiro filho, 1000 pelo segundo e 1500 euros a partir do terceiro filho.

Destes 33 novos habitantes dos concelhos, 21 são primeiros filhos. Há nove segundos e três terceiros filhos. Estes números representam um aumento de 70% da taxa de natalidade no concelho relativamente a 2015.

Nestes 12 anos de política de incentivo financeiro à natalidade, a câmara de Mora subsidiou em 221.500 euros 288 bebés – mais de metade foram primeiros filhos.

Apesar dos números pouco expressivos de 2004 (a medida só entrou em vigor em Outubro), em que nasceram seis bebés, e do ano seguinte, com 14 nascimentos, 2006 foi um ano de viragem com o nascimento de 24 bebés. 2010 era, até agora, o ano record com 31 novos morenses.

A autarquia acredita que, apesar deste incentivo, a fixação dos habitantes no concelho se deve, “sobretudo, à consolidação da pequena indústria e o incremento do turismo, para além das medidas de apoio à habitação jovem.” Em comunicado, a câmara destaca o impulso dado pelo Fluviário de Mora e o Museu do Magalitismo e o aumento dos pontos de trabalho na área do comércio e restauração.

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