Avenida Atlântico - a nova imagem de Quarteira ao virar para Vilamoura

A avenida, agora inaugurada, ficou incompleta. A câmara de Loulé tem projecto e dinheiro para completar a obra mas a empresa Infraestruturas de Portugal não faz nem deixa fazer

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O último troço da Estrada Nacional (EN 396), à entrada de Quarteira/Vilamoura, passou a chamar-se Avenida Atlântico mas o alargamento e melhoria da via deu-se apenas numa distância de 500 metros — falta mais um quilómetro para que esteja concluída.

“Não pudemos fazer mais”, disse o presidente do município. Vítor Aleixo, explicando que a intervenção na outra parte da estrada não foi possível porque esse troço ainda está sob tutela da empresa Infraestruturas de Portugal. Apesar da autarquia ter dinheiro e projecto para fazer as obras, sublinhou, “a estrada ainda não foi desclassificada, e por isso não foi possível completar a avenida”.

O secretário de Estado das Infraestruturas, Guilherme W. d’Oliveira Martins, a seguir ao acto inaugural, prometeu, em declarações ao PÚBLICO, dar “uma especial atenção” ao pedido do autarca para que a desclassificação da EN 396 se concretize até ao Verão. Entretanto, em jeito de desafio, a câmara apresentou já o “estudo prévio” para concluir a avenida até à rotunda do empreendimento turístico Vila Sol.

A avenida Atlântico dispõe de uma cortina arbórea, a fazer de separador entre as duas faixas no sentido Loulé/Quarteira, e uma no sentido oposto. A introdução de uma ciclopista foi uma das alterações ao projecto inicial que contemplava quatro faixas. “Não quisemos uma via tipo auto-estrada”, disse o autarca, socialista, acrescentando que pretende privilegiar a mobilidade suave. O projecto, da autoria do arquitecto Paulo Viegas, integrou nos arranjos paisagísticos os pinheiros e os cedros de grande porte pré-existentes, de forma a conferir uma nova imagem a uma cidade marcada pela falta de espaços verdes. A obra teve um custo de 806 mil euros.

Mais à frente, o primeiro troço da EN 396, de Loulé para Quarteira, na ligação à Via do Infante, a cada Inverno que passa vai ficando com o piso mais degradado. Desde há oito anos, altura em que a conservação da estrada passou para subconcessionária Rotas do Algarve Litoral (RAL), esta e outras vias da região ficaram ao abandono — o piso esburaco e abatido tornou-se num perigo permanente para os automobilistas.

No que diz respeito à Estrada Nacional (125), o governante reafirmou, repetindo uma promessa de há três semanas, que até Junho estarão concluídas as obras de reabilitação do troço entre Vila do Bispo e Olhão, prevendo que os melhoramentos cheguem a Vila Real de Stº António no final do ano.

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