Câmara admite acordo de longo prazo com José de Guimarães

A Câmara de Guimarães e José de Guimarães estão disponíveis para um entendimento de longo prazo que permita instalar, em definitivo, as colecções do artista plástico na Plataforma das Artes que está a ser construída na cidade. As duas partes assinaram ontem um contrato de comodato válido até Junho de 2013 que vai permitir integrar uma exposição de obras do pintor e escultor na programação da Capital Europeia da Cultura (CEC) do próximo ano.

O acordo é válido a partir de 24 de Junho do próximo ano, data apontada para a inauguração do equipamento, um dos mais emblemáticos da Guimarães 2012. Através deste contrato, o artista entrega à autarquia algumas das suas mais importantes obras, bem como as colecções de arte de que é proprietário, que assim farão parte da exposição inaugural do centro de artes instalado no antigo mercado municipal.

A autarquia e o artista abrem, no entanto, a porta a um entendimento de longo prazo, que ainda está a ser negociado. "Este é o primeiro passo para uma relação duradoura que desejamos construir", diz o presidente da câmara, António Magalhães.

José de Guimarães está também disponível para tornar a mostra integrada na CEC na exposição permanente do centro de artes. "Desejo que seja um local incontornável para ser visitado por pessoas de outros países, especialmente dos lugares por onde os portugueses andaram", sublinha o artista, segundo o qual o equipamento deve ser visto como um "local de encontro e de trocas de experiências culturais". Para António Magalhães, a colaboração com José de Guimarães "honra a cidade" onde o artista nasceu, mas dá-lhe também "oportunidade para se afirmar como cidade de cultura, atractiva e cosmopolita".

A mostra da colecção vai integrar a programação oficial da CEC 2012. O evento é visto como "a oportunidade para concretizar" uma vontade da autarquia e de José de Guimarães que tinha começado a crescer há vários anos. "O mestre há muito que defendia a criação deste centro de artes e Guimarães sempre considerou essa vontade como sua", sublinha Magalhães, para quem é agora necessário que a Fundação Cidade de Guimarães assegure que "a exposição se torna um referente da Capital Europeia da Cultura".

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