Após ser vacinado, Tomás voltou para casa com “a vacina em desenhos”

Tomás Reis
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Em Lisboa, Tomás Reis, de 29 anos, já está vacinado. Aliás, inscreveu-se "assim que foi possível" e consigo levou um caderno nas mãos, onde guarda as memórias. É arquitecto e usa o desenho como uma das ferramentas de trabalho, além de o ver como uma maneira de estar entretido, de conseguir ocupar a cabeça, as mãos e os tempos livres. Foi o que aconteceu no dia da vacinação contra a covid-19. "Levei o caderno para a espera, antes e depois da injecção", explica.

Estes desenhos são "assumidamente simples". Elaborados no pavilhão desportivo retratam, segundo o arquitecto, uma vontade partilhada: "a de estarmos todos seguros" e a "de nos libertarmos de uma pandemia". Neles está a representação e o retrato de calmaria e serenidade. A vista das bancadas, a vista geral do pavilhão, o polícia municipal a gerir as entradas e toda uma variedade de figuras humanas num "processo quase meditativo". Em volta, os tons azulados marcam a luz e sombra dos desenhos, representando a "cor presente no espaço de vacinação", as máscaras, os tempos de pandemia e, ao mesmo tempo, a presença do sentimento de calma e de segurança. 

É essencial "desmistificar [a vacinação], não é nenhum bicho-de-sete-cabeças". Em relação ao processo, "as pessoas eram organizadas. É um processo simples", esclarece Tomás Reis. É só uma injecção. E "só injecção poderá devolver-nos os festivais de Verão, os cafés e os abraços".

Texto editado por Ana Maria Henriques

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