Fotogaleria
Relembrar 2018 através das melhores fotografias da Reuters
O PÚBLICO seleccionou 50 imagens marcantes de 2018 registadas pelos fotógrafos da agência Reuters. Porque já é possível olhar para 2018 em retrospectiva.
O ano de 2018 ainda não terminou, mas vários acontecimentos já o definem irremediavelmente. Os fotógrafos da agência Reuters acompanharam todos esses momentos e o PÚBLICO seleccionou 50 dos seus melhores registos.
Política. O Facebook permitiu que a empresa Cambridge Analytica acedesse a dados de 87 milhões de utilizadores, o que se julga ter influenciado o rumo das eleições que conduziram Donald Trump à Casa Branca. O escândalo levou Mark Zuckerberg a responder perante o Congresso norte-americano e ao Parlamento Europeu. Os Estados Unidos mudam o local da embaixada norte-americana de Telavive para Jerusalém, provocando uma onda de condenação internacional. Jair Bolsonaro, entretanto eleito Presidente do Brasil, já revelou a intenção de seguir a iniciativa e alterar a morada da embaixada brasileira para a Terra Santa. Donald Trump e Kim Jong-un assinam, em Junho, um acordo "vago" durante a cimeira que decorreu em Singapura e na qual o Presidente norte-americano anuncia o fim dos exercícios militares com a Coreia do Sul. O fenómeno de hiperinflacção continua a fustigar a Venezuela. Os preços dos produtos e serviços subiram 144% durante o mês de Novembro, elevando para 1.299.724% a inflação acumulada nos últimos meses.
Migrações. Múltiplas "caravanas de imigrantes" provenientes da América Central rumam aos Estados Unidos, fazendo aumentar a pressão junto à fronteira entre o México e o Texas. A crise humanitária em torno dos rohingya permanece inalterada. A infografia premiada de Francisco Lopes Rohyngia, uma crise sem fim dá conta de um flagelo que conheceu poucos desenvolvimentos ao longo do ano. O Museu do Holocausto retirou o prémio Elie Wiesel (que distingue personalidades relevantes na luta pelos direitos humanos) à birmanesa Aung San Suu Kyi "por ter falhado na resposta à perseguição dos rohingya no país". O drama no Mediterrâneo também se mantém. Apesar de ter sido registado um decréscimo no número de mortos entre os migrantes que atravessam o Mar Mediterrâneo, face a 2017, o presente ano regista 2.133 mortos entre Janeiro e o início de Dezembro. No Iémen, a crise não é nova, mas os números escalam para níveis alarmantes: há 20 milhões de pessoas famintas.
Religião. Escândalos de pedofilia no seio da Igreja Católica irlandesa, holandesa, alemã e chilena estalam em 2018 e comprometem a instituição e os seus representantes, nomeadamente o Papa Francisco, que enfrenta uma resistência interna à sua posição cada vez mais forte e demarcada.
Ciência. Em Novembro, o cientista chinês He Jiankui revelou ter criado os primeiros bebés do mundo geneticamente manipulados, com o objectivo de os tornar resistentes à infecção por VIH — um acto considerado "reprovável" pela generalidade da comunidade científica mundial.
Desastres naturais. Sismo e tsunami atingem Indonésia e provocam, pelo menos, 384 mortos. Na Califórnia, os fogos florestais resultaram em 88 mortos, 203 desaparecidos, 620 quilómetros quadrados de mato e madeira carbonizados.
Eventos: 2018 também foi o ano dos Jogos Olímpicos de Inverno, na Coreia do Sul, e do Mundial de Futebol na Rússia. O Rali Dakar também marcou o ano.
Famosos. O príncipe William e Kate Middleton são pais do terceiro filho, Louis, em Abril. O casamento real, que uniu o príncipe Harry e a actiz Megan Markle, decorreu a 19 de Maio. É, por muitos, entendido como o primeiro casamento interracial no seio da monarquia inglesa.
Morreram o senador norte-americano John McCain, a "rainha da soul" Aretha Franklin, o famoso cantor francês Charles Aznavour, o "último imperador do cinema italiano" Bernardo Bertolucci, o criador do universo da Marvel Stan Lee, o prémio Nobel da Paz Kofi Annan, o chef-celebridade Anthony Bourdain, o astro-físico superstar Stephen Hawking e o mítico designer de moda francês Hubert de Givenchy.
Harvey Weinstein insiste em declarar-se inocente das acusações de assédio sexual e violação, apesar do avolumar do número de queixas contra si. O processo teve início em 2017, mas o ex-produtor continua a aguardar julgamento. O "pai da América" Bill Crosby foi sentenciado a pena de prisão efectiva pelo abuso sexual de várias mulheres.