A dura realidade (onde não cabem emojis)

© Andrew McDonnel
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Queremos tudo e queremos agora. "Comida rápida, carros rápidos, dinheiro rápido, e, consequentemente, comunicação rápida", observou Ana Maria Henriques, a jovem fotógrafa que desenvolveu o projecto "Reacting to Chaos", que partilha agora com o P3. A alta velocidade que caracteriza o fluxo de informação na Internet e a forma instantânea como é partilhada contribui para a banalização, normalização e dessensibilização sistemática do espectador perante a violência ou tragédia? "Absolutamente. A informação que nos chega é rápida demais e não nos permite processá-la convenientemente antes de reagir. Numa era digital em que reinam os smartphones, é expectável que sejamos mais sociáveis, mas no processo acabamos por trivializar a forma como comunicamos. Os 'emojis' tornaram-se uma parte importante dessa forma de comunicação virtual. Ultrapassam barreiras linguísticas, são directos, imediatos, e emocionalmente expressivos." Ana Maria Henriques, que garante ter pedido autorização expressa a cada um dos fotógrafos cuja obra intervencionou, pretende com o projecto contrapor a complexa realidade revelada na fotografia com uma possível reacção de um utilizador numa comunicação virtual.

Imagem divulgada pelo Daesh
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© Sedat Suna
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