O italiano Valerio Polici começou a fotografar membros do movimento graffiti há dois anos. Tudo começou precisamente na cidade de Lisboa, quando apanhou um grupo de jovens no metropolitano "a trocar de roupa e a cobrir a cara enquanto se escondiam das câmaras de vigilância". "Foi uma mistura de adrenalina e de curiosidade. Tinham na sua posse várias mochilas cheias de latas de spray. Não tardou muito para que eu começasse a andar com eles e a fotografar as suas missões." explica o fotógrafo num artigo do British Journal of Photography.  Valerio refere ainda um elemento que une os artistas de grafitti: a recusa em crescer e confrontar os problemas da vida adulta. A actividade de "grafitti tagging" torna-se assim num movimento no qual o desejo de aventura e a adernalina de quebrar as regras guiam o grupo com o qual o fotógrafo conviveu. "O perigo está sempre ao virar da esquina. O risco é especialmente maior se pintares metropolitanos, o alvo mais difícil de pintar".