Alfredo Cunha: fotografias que são “gritos a preto e branco”

Roménia, 1991 ©Alfredo Cunha
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Roménia, 1991 ©Alfredo Cunha

Alfredo Cunha, um dos fotógrafos "oficiais" da Revolução dos Cravos (e de outros momentos-chave da História portuguesa do século XX), expõe nas arcadas do edifício da Reitoria da Universidade do Porto (UP), entre os dias 5 e 31 de Dezembro, uma colecção de 58 fotografias que "ilustram as situações de pobreza, doença, destruição e guerra" que captou em vários cantos do globo, entre 1991 e 2015. "Sensibilizar os visitantes e apelar à participação em projectos de voluntariado" é o objectivo da exposição Olhar e Ajudar, que inaugura no Dia Internacional do Voluntariado. Em comunicado, a UP declara que, apesar da pobreza e destruição patentes nas imagens, há em todas elas "a beleza que um artista consegue pôr nas coisas mais tristes". Alfredo Cunha traz à exposição "gritos a preto e branco no silêncio do papel", fotografias dotadas de "uma profunda humanidade" que "com insistência" agarram qualquer um.

 

Nascido em Celorico da Beira, neto e filho de fotógrafos, Cunha registou a queda de Nicolae Ceausescu, na Roménia (1989), a guerra no Iraque, e participou no projecto comemorativo dos 30 anos da Assistência Médica Internacional, intitulado Três Décadas de Esperança, que o levou a percorrer países como o Níger, a Roménia, o Bangladesh, a Índia, o Haiti, o Sri Lanka, a Guiné-Bissau e o Nepal — onde produziu algumas das fotografias que integram a presente exposição.

Moçambique, 1993 ©Alfredo Cunha
Moçambique, 1993 ©Alfredo Cunha
Bangladesh, 2014 ©Alfredo Cunha
Guiné Bissau, 2014 ©Alfredo Cunha
Níger, 2014 ©Alfredo Cunha
Níger, 2014 ©Alfredo Cunha
Guiné-Bissau, 2015 ©Alfredo Cunha
Nepal, 2015 ©Alfredo Cunha
Nepal, 2015 ©Alfredo Cunha
Nepal, 2015 ©Alfredo Cunha
Sri Lanka, 2015 ©Alfredo Cunha