Elas são Drag Queens por fora e por dentro

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"Por detrás da arte drag estão vários tipos de pessoas: homens, mulheres, cisgéneros ou transgéneros, gays, lésbicas, bissexuais ou pansexuais... Cada uma tem a sua história, mas todas usam a mesma expressão artística", disse ao P3 o brasileiro Fernando Cysneiro, autor do projecto "The Drag Series". No Recife, onde reside, "existem muitas drag queens para fotografar." "No início, muitas das participantes eram pessoas próximas de mim ou que já conhecia e cujo trabalho admirava. Conforme o projecto foi crescendo, precisei de conhecer novas artistas e passei a utilizar as redes sociais para as encontrar." Cysneiro entra em contacto com os retratados através do Instagram ou do Facebook, apresenta o projecto e combina um local de encontro. "Todas as fotos são em fundo branco, então preciso apenas de um local com uma parede branca para fotografar", explica. Publica uma imagem por semana na conta de Instagram "The Drag Series" e conta já com 84 retratos. "No início não foi difícil, mas com o passar do tempo fui sentindo necessidade de expandir o projecto para outras cidades", relata. "É necessário dedicar um certo tempo semanal para editar as fotos e controlar as redes sociais, além de pesquisar muito sobre drag queens em todo país, para estar sempre atento aos talentos que vão surgindo." Fernando Cysneiro deu início à sua carreira profissional na área do marketing, mas anos depois decidiu dedicar-se a tempo inteiro à fotografia. A sua especialidade é fotografia de moda e, por isso, fotografar homens e mulheres transformistas surgiu como um interesse natural. "As drag queens trabalham muito com conceitos do universo da moda e da beleza", justifica. Fernando mantém contacto permanente com a comunidade drag através de grupos no Facebook ou por mensagens escritas de telemóvel. O vasto portfólio do autor pode ser consultado aqui.