A dor e o medo vêem-se no rosto dos mortos?

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No início do século XX, o primeiro director do Instituto de Medicina Legal de Lisboa, João Azevedo Neves, lançou uma hipótese. Seria possível traçar uma relação entre a expressão da face de um cadáver e a causa da morte de um indivíduo? Pensava-se que resposta que procurava seria um passo importante para, em investigação criminal, se poder intuir, numa primeira instância, se a causa do óbito de alguém que tenha passado por uma morte violenta estaria associada a um suicídio ou a outra causa, como por exemplo homicídio ou acidente. A partir da observação de expressões de máscaras de gesso, recolhidas entre 1913 e 1945 directamente de moldes da face de vítimas de enforcamento, acabou por concluir que não existia uma relação directa. Vinte dessas máscaras, de uma colecção de quase 300, estão agora expostas na Reitoria da Universidade do Porto, na exposição Facies Mortis: Histórias de Vida e Rostos da Morte, até 27 de Janeiro, para celebrar os 15 anos do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF), resultante da unificação dos institutos de Coimbra, Lisboa e Porto. Na Primavera, a exposição segue para Lisboa. Lê o artigo completo no PÚBLICO. André Vieira