Guimarães noc noc, arte até na casa de banho

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O nosso itinerário ideal no noc noc seria — foi — mais ou menos assim. Ilustração por aqui, pastelaria acolá, concerto no terraço do terceiro andar, torta de Guimarães no rés-do-chão, boas notícias e respectivas alvíssaras no Largo da Oliveira, jesuíta (ou bico de pato) no Largo do Toural. Durante dois dias, Guimarães foi a capital da cultura nos becos e esquinas — sem deixar nunca de ser a capital das confeitarias, das pastelarias, dos doces conventuais e outros bolos. "Bem-vindos a Pós-Tugal, Uma fantasia pós-apocalíptica que nada tem a ver com a realidade" (palavra de Diogo Barros). Bem-vindos à cidade onde "pedaços da vida são disparados" (criação de Maria Inês interpretada por Liz Vohlgemuth), onde casotas de pássaro — como relógios de cuco — assinalam os locais mais criativos (cerca de 70 casotas espalhadas pelo mapa), uma cidade onde os artistas vão porta a porta (lojas, tabernas, restaurantes, o Tribunal da Realação e o antigo posto dos CTT) e onde as portas estão escancaradas.