Metaleiras do Botswana: este cabedal grita

Vicky
Fotogaleria
Vicky

Elas levam a música, o heavy metal, muito a sério. Por isso, em noites de concertos, vestem-se a preceito, cabedal negro dos pés à cabeça, e deixam-se levar pela energia electrizante das bandas. São as "Queens" ("Rainhas"), como se intitulam, mulheres que provam que no Botswana também há "Marok" no feminino. Elas também pertencem a essa subcultura, são "rockers", fãs de metal, e querem ser reconhecidas como tal — por eles e por toda a sociedade. Não serão mais de 1500 em todo o país. Muitas são "julgadas" e "reprimidas" por se vestirem assim, preferindo até manter segredo. Chamam-lhes satânicas, adoradoras do diabo. Não é fácil ser "Queen" num país religioso e patriarcal como o Botswana, em que se espera que as mulheres sejam "submissas, perfeitas, sérias, que vão à igreja e pareçam umas 'senhoras'", conta ao P3 Paul Shiakallis, fotógrafo sul-africano que as procurou e retratou para o projecto "Leathered Skins, Unchained Hearts". Por isso, mesmo que não seja esse o grande propósito, acabam por abalar toda uma estrutura conservadora. É o que as roupas de cabedal gritam: "É assim que eu sou, esta é a vida que eu tenho vivido e não vou mudar". Lê a entrevista.

Distant Hill - Tlokweng, Botswana
Snyder
Lonely House - Lenganeng, Tlokweng, Botswana
Phoenix Tonahs Slaughter
Debbie Baone Superpower
Bontle Sodah Ramotsietsane
Bonolo
Sierra
On Mokatse Boulders - Mokatse, Modipani, Botswana
Millie Hans
Katie Dekesu