A bebé que já nasceu dependente de drogas

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A história de Katy Yeager e da filha Kennedy Jade pode vir a ter um final feliz, quase um ano depois de a bebé ter nascido. Kennedy nasceu quatro semanas antes do tempo, com sintomas de adição de opiáceos que a mãe consumiu durante a gravidez. Katy corria o risco de perder a guarda da menina e decidiu, por isso, entrar num novo e inovador programa para mães com problemas de dependência em Huntington, West Virginia, nos Estados Unidos da América. Donnie Gooding, o pai, esteve preso, e Katy consumiu heroína durante a gravidez. Assim que Kennedy nasceu, em Dezembro de 2014, passou a ser acompanhada por uma equipa de profissionais de saúde e da área social. O objectivo do programa é fazer com que as mães ultrapassem as dependências e possam cuidar dos recém-nascidos que já nasceram com problemas. Segundo a agência Reuters, em 2013, 7 em cada 1.000 bebés nascidos nos EUA foram diagnosticados com Síndrome de Abstinência Neonatal, uma consequência directa da dependência das mães durante a gravidez. Em West Virginia, onde Kennedy nasceu, este número é cinco vezes maior (37 bebés em cada 1.000). O Estado assumiu a custódia de Kennedy aquando do nascimento. A criança foi colocada numa instituição de saúde e a mãe comprometeu-se em visitá-la seis vezes por semana, ajudando os enfermeiros e frequentando aulas de maternidade. Ao fim de algumas semanas, a bebé pôde ir viver com a mãe e os avós, perto de Huntington. Depois de muitos meses com sintomas de abstinência (desequilíbrios químicos, comportamentos anormais), Kennedy já se consegue sentar, gatinhar e agarrar objectos com as mãos. Aumentou de peso, já tenta equilibrar-se para gatinhar e começou a sorrir. O ruído e a luz brilhante não são tão assustadores, afinal.