Brasil: jovens não protestam só contra aumento dos transportes

Brasília, 15 de Junho (Ueslei Marcelino/Reuters) Brasília, 15 de Junho (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Brasília, 15 de Junho (Ueslei Marcelino/Reuters) Brasília, 15 de Junho (Ueslei Marcelino/Reuters)

Nós, no Sul da Europa, habituámo-nos nos últimos anos a ver o Brasil como um país cada vez mais próspero. Daí a nossa surpresa ao ver as recentes manifestações em diversas cidades brasileiras, protestos nos quais mais de 200 mil pessoas saíram à rua para contestar o aumento dos preços dos transportes públicos. Contudo, a exemplo das manifestações na Turquia, o incómodo não está exactamente numa coisa só — não foi o facto de os bilhetes do metro terem subido cerca de vinte cêntimos que levou os jovens a promover a maior manifestação no país desde 1992 (quando a população exigiu nas ruas a saída do Presidente Fernando Collor de Melo do poder), da mesma forma que reduzir os protestos turcos à questão do Parque Gezi é um erro de interpretação. No Brasil, a subida dos preços dos transportes foi a gota d'água que fez transbordar a paciência de uma população que não está feliz com a agenda política da Presidente Dilma Rousseff. O que vemos nestas imagens da Reuters, registadas em diferentes cidades, são jovens descontentes com a (má) qualidade dos serviços públicos (sobretudo nos sectores da saúde e da educação), com a corrupção e com a violência policial. Os gastos avultados com a organização do campeonato do mundo de futebol de 2014 têm servido, no discurso dos manifestantes, como um argumento para criticar as opções de investimento e as contradições políticas.

Brasília, 15 de Junho (Ueslei Marcelino/Reuters)
Brasília, 15 de Junho (Ueslei Marcelino/Reuters) Brasília, 15 de Junho (Ueslei Marcelino/Reuters)
Brasília, 15 de Junho (Ueslei Marcelino/Reuters)
Brasília, 15 de Junho (Ueslei Marcelino/Reuters) Brasília, 15 de Junho (Ueslei Marcelino/Reuters)
Brasília, 15 de Junho (Gustavo Froner/Reuters)
Brasília, 15 de Junho (Gustavo Froner/Reuters) Brasília, 15 de Junho (Gustavo Froner/Reuters)
Brasília, 15 de Junho (Ueslei Marcelino/Reuters)
Brasília, 15 de Junho (Ueslei Marcelino/Reuters) Brasília, 15 de Junho (Ueslei Marcelino/Reuters)
Brasília, 15 de Junho (Ueslei Marcelino/Reuters)
Brasília, 15 de Junho (Ueslei Marcelino/Reuters) Brasília, 15 de Junho (Ueslei Marcelino/Reuters)
Brasília, 15 de Junho (Ueslei Marcelino/Reuters)
Brasília, 15 de Junho (Ueslei Marcelino/Reuters) Brasília, 15 de Junho (Ueslei Marcelino/Reuters)
Brasília, 15 de Junho (Ueslei Marcelino/Reuters)
Brasília, 15 de Junho (Ueslei Marcelino/Reuters) Brasília, 15 de Junho (Ueslei Marcelino/Reuters)
Brasília, 17 de Junho (Ueslei Marcelino/Reuters)
Brasília, 17 de Junho (Ueslei Marcelino/Reuters) Brasília, 17 de Junho (Ueslei Marcelino/Reuters)
Brasília, 18 de Junho (Ueslei Marcelino/Reuters)
Brasília, 18 de Junho (Ueslei Marcelino/Reuters) Brasília, 18 de Junho (Ueslei Marcelino/Reuters)
Brasília, 17 de Junho (Ueslei Marcelino/Reuters)
Brasília, 17 de Junho (Ueslei Marcelino/Reuters) Brasília, 17 de Junho (Ueslei Marcelino/Reuters)
Rio de Janeiro, 17 de Junho (Sergio Moraes/Reuters)
Rio de Janeiro, 17 de Junho (Sergio Moraes/Reuters) Rio de Janeiro, 17 de Junho (Sergio Moraes/Reuters)
Porto Alegre, 17 de Junho (Gustavo Vara/Reuters)
Porto Alegre, 17 de Junho (Gustavo Vara/Reuters) Porto Alegre, 17 de Junho (Gustavo Vara/Reuters)