A morte do Poço da Morte

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Henrique Amaral tinha oito anos quando o viu pela primeira vez. Gigantesco, imponente, bruto. Para homens de barba rija. Fugiu de casa aos 18 porque a destreza de quem montava o Muro da Morte não lhe saía da cabeça. Quando era miúdo, Adriano Miranda viu-o conduzir a mota de cabeça para baixo, de olhos tapados com a calma de quem está a andar de bicicleta junto à marginal. Em Março, o fotojornalista do PÚBLICO deu a mão aos dois filhos, subiu as escadas e os três espreitaram para o fundo do Poço da Morte. Foi a última sessão. Nesse dia, Henrique Amaral sofreu um acidente. Tinha 81 anos. Lê a crónica