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Silêncio, que se vai jogar futebol nos Paralímpicos

“Silêncio, por favor”, pede o árbitro do jogo. No futebol para cegos e pessoas com visão parcial o silêncio é fundamental. Só assim os jogadores conseguem ouvir a bola e as indicações do elemento da equipa que lhes descreve o rumo do jogo.

Brasil - Marrocos Ricardo Moraes / Reuters
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Brasil - Marrocos Ricardo Moraes / Reuters

Os apoiantes reagem como em qualquer outro jogo de futebol. A equipa brasileira está a jogar em casa, a ganhar 1-0 e o jogador tem uma nova oportunidade de marcar. A claque está empolgada e é ruidosa. O jogador, neste caso Nonato, falha o remate, e a culpa é provavelmente daqueles que assistem. “Silêncio, por favor”, pede uma vez mais ao público o árbitro do jogo. No futebol para cegos e pessoas com visão parcial o silêncio é fundamental. Só assim os jogadores - cinco em cada equipa, vendados para que estejam todos em pé de igualdade à excepção do guarda-redes - conseguem ouvir a bola, equipada com uns guizos no interior, e as indicações do elemento da equipa que, fora das linhas, lhes vai descrevendo o rumo do jogo.

“É muito difícil. Estamos a tentar [ficar em silêncio] mas o que queremos mesmo é gritar”, desabafa durante o intervalo Sónia Lima, uma espectadora brasileira de 54 anos. “Quandos eles estão quase a marcar eu só quero gritar: remata!”. Os sinais verdes que, um pouco por todo o recinto da partida nestes Jogos Paralímpicos, recomendam um comportamento tranquilo confundem uma assistência habituada a aplaudir efusivamente os seus atletas. Jefinho, tido como um dos maiores jogadores da modalidade e que faz parte da selecção brasileira nos Paralímpicos, reconhece a dificuldade em equilibrar a importância da energia positiva dos adeptos com a necessidade de silêncio. Este sábado, o Brasil joga contra a Turquia, e o jogador acredita numa mudança. “Com o tempo a claque vai habituar-se ao nosso jogo e vai começar a estar mais sossegada”, conclui.

Brasil - Marrocos
Brasil - Marrocos Ricardo Moraes / Reuters
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China - México
China - México Ueslei Marcelino / Reuters
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