Volume de negócios da Mota-Engil contraiu 9% em 2016

Venda de activos ajudou o grupo a fechar as contas em terreno positivo. Grupo nortenho vai fechar o ano com resultados líquidos de 50 milhões de euros.

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António Mota, chairman da Mota-Engil fvl Fernando Veludo/NFACTOS

O crescimento de quase 60% do negócio de ambiente e serviços na Europa e o aumento de 4% na actividade da América Latina não foi suficiente para a Mota-Engil anular a redução do volume de negócios verificada em África e na Europa no negócio de Engenharia e Construção: em 2016 o maior grupo de construção português vai fechar o ano com um volume de negócios de 2.210 milhões de euros, o que representou uma contração de cerca de 9% relativamente a 2015.

De acordo com o relatório e contas consolidado apresentado esta manhã ao mercado, o grupo liderado por António Mota, e que já tem 80% das duas actividades, a área de engenharia e construção na Europa e África foi fortemente impactada pela questão cambial. “Se é certo que a Mota-Engil decresceu a sua actividade em 2016, esse facto deveu-se essencialmente à desvalorização da moeda em muitos dos Países onde trabalhamos, situação que não é controlável. Mas como empresário que continuo a ser, não posso deixar de referir que a nossa actividade quando expressa em moeda local de cada País, efetivamente cresce”, escreveu António Mota aos accionistas, no preâmbulo de um relatório onde quis destacar a resiliência do grupo.

A Mota-Engil fechou o ano com um resultado liquido de 50 milhões de euros, o que compara com os 19 milhões de euros com que fechou 2015. Recorde-se que todos estes resultados foram muito influenciados pelas alterações ocorridas no perímetro de consolidação, resultantes das aquisições da EGF e das alienações do negócio portuário e de logística.

Os dividendos que a administração se propõe a pagar aos acionistas, e cuja  decisão está agendada para a assembleia-geral convocada para 24 de Maio, também vão mais do que duplicar e chegar aos 13 cêntimos por acção.

O grupo fechou o ano com uma carteira de encomendas de 4,4 mil milhões de euros (dos quais 82% fora da Europa) e uma dívida líquida de 1,2 mil milhões de euros, o que significa uma redução de 20% face a 2015.

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