Venda de casas aumentou 18,5% no ano passado e preços subiram 7,1%

Valor das transacções ascendeu a 14,8 mil milhões de euros, mais 18,7% que em 2015.

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Lisboa lidera principais indicadores do mercado imobiliário residencial. Daniel Rocha

No ano passado, o Índice de Preços da Habitação (IPHab), calculado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), subiu em média 7,1% e registaram-se 127.106 transacções de habitações, mais 18,5% que em 2015.

Os dados divulgados esta quinta-feira mostram que o IPHab ficou quatro pontos percentuais acima do observado em 2015 (3,1%). Em valor, as transacções atingiram 14,8 mil milhões de euros, mais 18,7% que no ano anterior 2015.

Os dados agora anunciados mostram um crescimento médio dos preços dos alojamentos existentes (8,7%) superior ao dos alojamentos novos (3,3%).

No quarto trimestre de 2016, a taxa de variação homóloga do IPHab manteve-se elevada e igual à do trimestre anterior (7,6%). Tal como tem vindo a suceder desde o último trimestre de 2014, os alojamentos existentes voltaram a registar um aumento dos preços (9,2%) superior ao verificado nos alojamentos novos (3,5%).

Nos últimos três meses de 2016, a taxa de variação homóloga do IPHab voltou a atingir os 7,6%, valor igual ao do terceiro trimestre. Este valor foi influenciado pelo comportamento dos alojamentos existentes que registaram um aumento de 9,2%, com os alojamentos novos a ficarem em 3,5%.

Em relação ao volume de transacções, a crescer há quatro anos consecutivos, os 127.106 alojamentos vendidos no ano passado (mais cerca de 20 mil que em 2015) correspondem a um valor muito próximo do máximo da série disponível, iniciada em 2010, quando totalizaram 129.950.

Do total de transacções realizadas, 83% respeitaram a alojamentos existentes, o que representa um aumento de 2,9 pontos percentuais, explicado pelo facto de as vendas de alojamentos novos se terem mantido praticamente ao nível de 2015, registando uma taxa de variação de 0,9%, enquanto nos alojamentos existentes o ritmo de crescimento das transacções atingiu os 22,8%.

Lisboa reforçou liderança

O valor das vendas de alojamentos ascendeu aproximadamente a 14,8 mil milhões de euros, mais 2,3 mil milhões que em 2015. O INE destaca que entre 2013 e 2016, o valor dos alojamentos transaccionados aumentou 78%, sendo que em número de transacções o acréscimo não foi além dos 59,3%.

A Área Metropolitana de Lisboa concentrou o maior número de vendas, com 44.311 transacções, “o que representa um novo máximo na série disponível, tanto em termos absolutos como no que respeita à quota relativa regional (34,9%)”. Segue-se o Algarve, com um total de 12.361 transacções, e foi a outra região que registou um máximo regional no ano em análise.

Em termos de valor, as vendas na Área Metropolitana de Lisboa totalizaram mais de 6,9 mil milhões de euros, o que representa o elevado peso relativo (47%) desta região na série disponível. E, pela primeira vez, o valor das habitações vendidas no Norte, Centro e Algarve representou, em conjunto, menos do que o valor das transacções ocorridas em Lisboa.

A região Norte e a região Autónoma dos Açores foram as restantes zonas (NUTS II) a apresentar um crescimento nas quotas percentuais do valor das transacções de alojamentos, em mais 0,3 e 0,2 pontos percentuais que em 2015, respectivamente.

No último ano, e pelo segundo ano consecutivo, todas as regiões apresentaram um aumento no número de transacções de alojamentos familiares, sendo que a Região Autónoma dos Açores (30,8%) e a Área Metropolitana de Lisboa (25,5%) foram as únicas a crescer a um ritmo superior à média nacional (18,5%). No extremo oposto, a Região Autónoma da Madeira e o Algarve registaram crescimentos mais modestos, de 5,8% e 8,5%, respectivamente.

O valor dos alojamentos transaccionados na Região Autónoma dos Açores ultrapassou ligeiramente os 156 milhões de euros traduzindo-se no maior aumento regional (38,9%) quando comparado com o ano de 2015. No mesmo período, em termos nacionais, o valor das vendas de habitações cresceu 18,7%, taxa de variação superada na Área Metropolitana de Lisboa (21,2%) e na região Norte (20,5%).

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