Mexia diz que venda da Portgas vai render mais de 500 milhões à EDP

Presidente da EDP diz que negócio de venda da distribuidora de gás natural será anunciado até ao final de Abril e ficará "acima dos 500 milhões de euros".

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Mexia diz que venda da Portgas fica fechada até final de Abril LUSA/MIGUEL A. LOPES

O presidente da EDP, António Mexia, revelou nesta segunda-feira que a venda da distribuidora de gás natural Portgas deverá ficar fechada até ao final de Abril e render mais de 500 milhões de euros ao grupo.

“Ainda não tomámos uma decisão”, disse o presidente da EDP, mas o negócio ficará fechado por um “valor acima de 500 milhões de euros”, disse o gestor, em entrevista à Bloomberg, em Londres.

A REN, que gere a rede de transporte de gás, perfilou-se como candidata à compra desta empresa que tem a concessão da distribuição de gás em vários concelhos do norte do país e garante proveitos regulados.

Sem dar detalhes sobre os candidatos à Portgas, Mexia frisou que a EDP “está sempre atenta a oportunidades de rotação de activos”. Dizendo estar a seguir com “muita atenção” o que se passa no mercado espanhol, o presidente assegurou que em relação à venda da subsidiária espanhola Naturgas não foi tomada nenhuma decisão.

Na mesma entrevista, o administrador financeiro do grupo EDP, Nuno Alves, adiantou que o processo de venda da Portgas teve início em Dezembro. No final de Novembro, o Jornal Económico noticiou que o grupo controlado pela China Three Gorges tinha mandatado o BCP e o BBVA para alienar a sua participação na distribuidora cuja área de concessão abrange 29 concelhos, nos distritos do Porto, Braga e Viana do Castelo.

Nessa data, a Portgas (da EDP Gás Distribuição) estava avaliada em quase 168 milhões de euros, mas o Jornal Económico já escrevia que os valores atingidos no negócio entre a Galp e a japonesa Marubeni poderiam valorizar o activo: a Galp vendeu 22,5% da Galp Gás Natural Distribuição a um consórcio liderado pelos japoneses por 138 milhões de euros.

Em Novembro de 2015, a EDP anunciou a compra de 25,3% da Portgas a duas subsidiárias da francesa Engie (a GDF International e a SES) por 42 milhões de euros. Com esse negócio passou a deter 97,3% da concessionária, em que se prepara agora para desinvestir.

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