UGT quer aumento médio dos salários entre 3% e 4%

Central sindical propõe aumento do salário mínimo para 565 euros. Tema vai estar em cima da mesa na reunião de concertação social desta quinta-feira.

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Carlos Silva, secretário-geral da UGT Enric Vives-Rubio

A UGT aprovou nesta quinta-feira a sua proposta reivindicativa para 2017, que prevê um aumento médio dos salários entre 3% e 4% e uma subida do Salário Mínimo Nacional (SMN) para os 565 euros.

O documento que define as prioridades da política reivindicativa da estrutura sindical para o próximo ano foi aprovado pelo secretariado nacional e recuperou as principais reivindicações apresentadas há um ano.

A valorização dos salários, a actualização das pensões, o combate ao desemprego e a dinamização da contratação colectiva são os pontos principais da proposta reivindicativa que vai servir de referência aos sindicatos da UGT, e que foi apresentada nesta quinta-feira em conferência de imprensa.

A UGT defende "uma actualização salarial adequada e responsável" e, considerando o cenário macroeconómico previsto para Portugal, propõe "um aumento médio dos salários entre 3% e 4%".

De acordo com a proposta reivindicativa, apresentada pelo secretário-geral da UGT, Carlos Silva, "deverá ser equacionado o prolongamento, por mais um ano, da possibilidade de pagamento de subsídio de férias e de Natal em duodécimos", por opção do trabalhador, seja no sector público, seja no privado.

Quanto ao SMN, a UGT propõe que este seja de 565 euros a partir de Janeiro de 2017, "num quadro de valorização progressiva", devendo atingir "o valor mínimo" de 600 euros até ao final da legislatura.

A UGT propõe igualmente a eliminação da contribuição extraordinária de solidariedade (CES) e um aumento para todas as pensões, "diferenciando positivamente as pensões mínimas e as pensões mais baixas".

Na proposta, a UGT defende também a actualização do Indexante de Apoios Sociais (IAS), que está nos 419,22 euros desde 2010, para os 440 euros a partir de 1 de Janeiro, o equivalente a um aumento de 5%.

É ainda proposta pela estrutura sindical a eliminação da sobretaxa de IRS a partir de Janeiro de 2017 e a reposição do número de escalões e a actualização dos mesmos.

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