Toyota suspende produção no Japão durante uma semana por falta de aço

Acidente numa fábrica que fornecia o material obrigou à paragem das 16 linhas de montagem da fabricante automóvel.

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Os problemas foram detectados apenas nos EUA Foto: Toru Hanai/Reuters

O maior fabricante de automóveis do mundo, a Toyota Motor, suspendeu a produção em todas as suas fábricas no Japão entre esta segunda-feira e o próximo dia 15 de Fevereiro por falta de fornecimento de aço, anunciou a empresa em comunicado.

A falta de aço deve-se a um acidente numa fábrica da filial da Toyota Aichi Steel, localizada no centro do Japão, no passado dia 8 de Janeiro. Todas as linhas de montagem das 16 fábricas da Toyota no Japão estão paradas, assim como outras unidades de produção de componentes da empresa. A suspensão afecta também as linhas de produção das suas filiais Hino, Daihatsu e Lexus.

É a primeira vez que a Toyota pára a produção no Japão desde o terramoto seguido de tsunami que abalou o país em Março de 2011. Com esta paragem, a Toyota deixará de produzir entre 70 e 80 mil automóveis, o que poderá ter um impacto nas suas contas anuais, segundo a própria empresa.

Contudo, a medida não afecta as fábricas da empresa na América, Europa e noutros países da Ásia, que são responsáveis por cerca de metade da produção total do grupo.

A Toyota Motor anunciou na sexta-feira que obteve, entre Abril e Dezembro, lucros líquidos de 1,88 mil milhões de ienes (14.423 milhões de euros), mais 9,2% em termos anuais homólogos, graças aos efeitos positivos da depreciação do iene e redução de custos. 

O fabricante automóvel, com sede em Aichi (centro do Japão), registou lucros operacionais de 2,3 mil milhões de ienes (17.635 milhões de euros) nesse período, que corresponde aos primeiros nove meses do exercício fiscal no Japão, e lucros líquidos de 1,88 mil milhões de ienes (14.423 milhões de euros), mais 9%. A facturação aumentou 6,5% até aos 21,43 mil milhões de ienes (163.923 milhões de euros). O actual exercício fiscal no Japão termina a 31 de Março de 2016.   

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