Tesouro avança com emissão sindicada de dívida a 10 anos

Nova emissão está a ser preparada por seis bancos e constitui primeira colocação de dívida pública portuguesa nos mercados desde que as taxas voltaram a ficar acima dos 4%.

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IGCP, liderado por Cristina Casalinho, deverá anunciar amanhã os resultados da emissão Nuno Ferreira Santos

O Estado português está a preparar-se para lançar durante as próximas horas uma nova emissão sindicada de dívida a dez anos.<_o3a_p>

De acordo com a agência Reuters, o Tesouro mandatou seis bancos (um nacional e cinco estrangeiros) para encontrarem investidores interessados em adquirir uma nova linha de títulos obrigacionistas do Estado português com maturidade em 2027. Os bancos que compõe o sindicato que irá liderar a operação são o Novo Banco, BBVA, HSBC, JP Morgan, Morgan Stanley e Societé Générale.<_o3a_p>

Uma emissão sindicada de dívida é uma operação de colocação de títulos que conta com o apoio de um grupo de bancos que se encarregam de encontrar procura nos mercados, não havendo lugar a um leilão competitivo. Geralmente é através de emissões sindicadas que o Estado português lança novas linhas de obrigações de Tesouro, já que o montante a emitir é mais elevado, sendo necessário assegurar que existe procura suficiente.<_o3a_p>

Esta emissão já era largamente antecipada pelo mercado e tinha até sido sinalizada pelo ministro das Finanças Mário Centeno em declarações à imprensa.<_o3a_p>

Será provavelmente amanhã que serão anunciados os resultados da emissão, nomeadamente qual o montante emitido e a taxa de juro a que Portugal se conseguiu financiar.<_o3a_p>

Esta operação surge num momento em que Portugal está sujeito a alguma pressão nos mercados de dívida pública, com as taxas de juro a 10 anos a superarem os 4%. O principal factor a afectar as condições de acesso do país aos mercados é a expectativa de redução do apoio do BCE, através de compras de obrigações portuguesas.<_o3a_p>

Esta terça-feira, a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP publicou o Programa de Financiamento da República Portuguesa para 2017 em que se antecipa a emissão no decorrer deste ano de dívida pública a médio e longo prazo num montante situado entre 14 e 16 mil milhões de euros.<_o3a_p>

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